O Colectivo contra o Mandado Europeu lançou a convocatória no decorrer de uma conferência de imprensa altamente participada. Para além disso, diversos partidos políticos e representantes sociais de Ipar Euskal Herria [País Basco Norte] pediram aos cidadãos que continuem a defender Aurore Martin. Ontem, dezenas e dezenas de pessoas foram um verdadeiro «muro popular» e evitaram que a Polícia levasse presa a militante independentista.
Um dia depois de uma «barreira humana» ter conseguido frustrar a tentativa de detenção de Aurore Martin por parte da Polícia francesa em Baiona, partidos políticos e agentes sociais de Ipar Euskal Herria mostraram-se dispostos a prosseguir com esta defesa. Uma vontade que já tem encontros marcados.
Neste sentido, o Colectivo contra o Mandado Europeu deu uma conferência de imprensa hoje ao princípio da tarde, no decorrer da qual convocou uma manifestação para o próximo sábado, dia 25, em defesa dos direitos civis e políticos. A marcha partirá às 17h00 da Euskaldunen Plaza.
Na conferência de imprensa realçaram o facto de ontem os cidadãos terem colocado «a primeira pedra no muro popular contra a repressão» e afirmaram que os estados francês e espanhol «estão a colocar obstáculos», com a sua forma de agir, «à nova era política que foi aberta em Euskal Herria».
Apoio de cargos eleitos e associações
Disseram também que aquilo que se viveu ontem foi «um episódio de violência» policial, que «é inaceitável e que não pode ser admitido».
Com os membros do Colectivo contra o Mandado Europeu, estiveram na conferência de imprensa vários cargos eleitos e representantes de associações políticas e sociais, como o representante do Cade Victor Pachon, a associação Anai Artea, a associação LDH, a autarca de Senpere, Christine Bessonart, o autarca de Arberats, Saveur Bacho, a edil ecologista de Baiona Martine Bisauta, e a edil do PCF Yvette Labarbieu. Nas próximas horas, haverá também diversas mobilizações em várias localidades de Ipar Euskal Herria em defesa de Aurore Martin e contra o europeu emitido e aprovado contra ela. Assim, esta tarde, entre outros, haverá protestos em Donapaleu, Maule, Donibane Garazi, Kanbo, Uztaritze, Senpere, Ziburu, Urruña, Hendaia, Baiona, Angelu, Biarritz e Basusarri. VER: Gara / Foto: kazeta.info
Ver também: «L'union sacrée», de Pierre MAILHARIN (Lejpb)
O signatários de Gernika avisam que o julgamento do «caso Bateragune» é «um precedente perigoso para a normalização»
Os signatários do Acordo de Gernika tornaram público um manifesto no qual reclamam a absolvição dos oito militantes independentistas que vão ser julgados a partir de segunda-feira na Audiência Nacional espanhola por causa do «caso Bateragune» e lançaram um desafio aos cidadãos, agentes sociais e políticos no sentido de juntarem forças e trabalharem para «conduzir Euskal Herria a um caminho de paz e sem violação de direitos».
Numa conferência de imprensa que decorreu em Bilbo, Ikerne Badiola, Oskar Matute, Tasio Erkizia, Josu Murgia e Igor Urrutikoetxea, entre outros representantes das várias organizações signatárias do Acordo, reafirmaram a sua «sincera e firme determinação em conduzir o nosso povo a um cenário de paz e soluções democráticas» e em trabalhar a favor de «um cenário de normalização política e de ausência de violência».
Salientaram o facto de «ainda haver muito por fazer» nesse caminho, tendo referido que o julgamento relacionado com o «caso Bateragune» tem «muita importância», porque «pode ser um precedente perigoso para o objectivo da paz e da normalização política».
«Vão ser julgados políticos e sindicalistas que apostaram nas vias exclusivamente políticas», salienta-se no documento.
Notícia completa: Gara