Convocaram uma manifestação para dia 2 de Julho em Donostia, que terá como lema «Epaiketa politikorik ez, aterabideak aurrera»; parte às 17h30 do túnel do Antiguo e termina no Boulevard. Pretende-se que seja uma grande mobilização, à altura do que está em jogo neste julgamento. «É de enorme importância – dizem os signatários. A consciência crítica da sociedade basca sobre a questão há-de chegar de forma nítida às instâncias políticas e judiciais do Estado espanhol».
No decorrer da conferência de imprensa houve duas intervenções diferentes: uma de carácter jurídico, a cargo do catedrático Iñaki Lasagabaster, e outra de natureza mais política, realizada por Rafa Díez Usabiaga, que é um dos oito arguidos neste processo.
Lasagabaster afirmou que este processo viola o princípio da legalidade e o da proporcionalidade, e que carece de provas; analisou também o absurdo da anulação do Sortu no Supremo antes de perguntar: «Se prendem quem procura a paz, o que fica, quem fica?».
Rafa Díez, por seu lado, disse como se gerou a iniciativa que agora vai a julgamento, «contra toda a lógica». Na sua opinião, o julgamento acabará por reverter a situação, pois será «o próprio sistema político, a sua incapacidade de abordar uma nova fase neste país» que hão-de acabar julgados. Insistiu na ideia de que a aposta da esquerda abertzale é irreversível e afirmou que aqueles que são agora acusados «não vos vão defraudar» na procura da paz e de soluções políticas democráticas.
Fonte: Gara
O Movimento Eleak nasce em defesa de todos os direitos e convoca protestos contra os julgamentos políticos na AN
Assim, segundo afirmou Joxean Agirre, que surgiu acompanhado por várias caras conhecidas da sociedade basca, «recebemos o testemunho. Depois de ouvir as palavras de Aurore Martin ontem em Biarritz, não temos a menor dúvida. É fundamental iniciar desde já uma dinâmica integral a favor dos direitos civis para todo o País Basco».
«Para conseguir uma mínima normalização política e democrática, Euskal Herria necessita de políticas inclusivas, decisões corajosas, o abandono definitivo da repressão e da violência, a legalização de todos os projectos e ideias e a alteração da política penitenciária», referiu.
Na esteira da dinâmica de Ipar Euskal Herria
«Tal como em Ipar Euskal Herria, com a acção conjunta da cidadãos como motor, queremos orientar uma dinâmica permanente assente na confiança e no trabalho organizado do maior número de pessoas, com o objectivo de impedir qualquer tentativa de frustrar ou travar o processo democrático em curso», explicaram.
E, tendo em conta que se aproxima o começo de novos julgamentos políticos na Audiência Nacional espanhola, o Movimento Eleak entende que «não é altura para se estar de braços cruzados».Assim, para 27 de Junho, dia em que está previsto o início do julgamento do chamado «caso Bateragune», que levará ao banco dos réus Arnaldo Otegi, Rafa Díez e Txelui Moreno, entre outros dirigentes independentistas, o Movimento Eleak convocou mobilizações nas quatro capitais do Sul do país, com o lema «Euskal Herria Libre eta Legala».
Em Donostia, o protesto terá lugar na Praça Easo às 19h30; em Iruñea, às 19h30 na Praça do Município; em Gasteiz, na Praça dos Correios às 20h00; e, por último, em Bilbo, às 19h30 na Praça Elíptica.
Fonte: Gara
euskaL herria Libre eta Legala, eskubide guztiak guztiontzat
Euskal Herria livre e legal, todos os direitos para todos