O julgamento do «caso Bateragune» será denunciado por uma iniciativa plural, na qual se envolveram pessoas como Carlos Garaikoetxea, Bernardo Atxaga, Maialen Lujanbio, Joxe Azurmendi, Pello Urizar, Iñaki Perurena, Itziar Aizpurua, Hasier Etxeberria, Joan Mari Irigoien, Pello Zabala, Txaro Arteaga, Mireia Gabilondo, Tasio Erkizia, José María Gorordo ou Josu Bergara. Foi apresentada hoje em Donostia e apoia-se num manifesto que foi lido na ocasião por Ramón Zallo e Aitziber Blanco. Nele, afirma-se que «é necessário libertar o presente, e sobretudo o futuro, das correntes do passado».
Convocaram uma manifestação para dia 2 de Julho em Donostia, que terá como lema «Epaiketa politikorik ez, aterabideak aurrera»; parte às 17h30 do túnel do Antiguo e termina no Boulevard. Pretende-se que seja uma grande mobilização, à altura do que está em jogo neste julgamento. «É de enorme importância – dizem os signatários. A consciência crítica da sociedade basca sobre a questão há-de chegar de forma nítida às instâncias políticas e judiciais do Estado espanhol».
No decorrer da conferência de imprensa houve duas intervenções diferentes: uma de carácter jurídico, a cargo do catedrático Iñaki Lasagabaster, e outra de natureza mais política, realizada por Rafa Díez Usabiaga, que é um dos oito arguidos neste processo.
Lasagabaster afirmou que este processo viola o princípio da legalidade e o da proporcionalidade, e que carece de provas; analisou também o absurdo da anulação do Sortu no Supremo antes de perguntar: «Se prendem quem procura a paz, o que fica, quem fica?».
Rafa Díez, por seu lado, disse como se gerou a iniciativa que agora vai a julgamento, «contra toda a lógica». Na sua opinião, o julgamento acabará por reverter a situação, pois será «o próprio sistema político, a sua incapacidade de abordar uma nova fase neste país» que hão-de acabar julgados. Insistiu na ideia de que a aposta da esquerda abertzale é irreversível e afirmou que aqueles que são agora acusados «não vos vão defraudar» na procura da paz e de soluções políticas democráticas.
Fonte: Gara
O Movimento Eleak nasce em defesa de todos os direitos e convoca protestos contra os julgamentos políticos na AN
Numa conferência de imprensa em Donostia, foi ontem apresentado à sociedade o Movimento Eleak, que faz do «trabalho pacífico, amplo, integrador, e que há-de ter como ponto comum a defesa determinada dos direitos de todas as pessoas,» a sua premissa da actuação.
Assim, segundo afirmou Joxean Agirre, que surgiu acompanhado por várias caras conhecidas da sociedade basca, «recebemos o testemunho. Depois de ouvir as palavras de Aurore Martin ontem em Biarritz, não temos a menor dúvida. É fundamental iniciar desde já uma dinâmica integral a favor dos direitos civis para todo o País Basco».
«Para conseguir uma mínima normalização política e democrática, Euskal Herria necessita de políticas inclusivas, decisões corajosas, o abandono definitivo da repressão e da violência, a legalização de todos os projectos e ideias e a alteração da política penitenciária», referiu.
Na esteira da dinâmica de Ipar Euskal Herria
«Tal como em Ipar Euskal Herria, com a acção conjunta da cidadãos como motor, queremos orientar uma dinâmica permanente assente na confiança e no trabalho organizado do maior número de pessoas, com o objectivo de impedir qualquer tentativa de frustrar ou travar o processo democrático em curso», explicaram.
E, tendo em conta que se aproxima o começo de novos julgamentos políticos na Audiência Nacional espanhola, o Movimento Eleak entende que «não é altura para se estar de braços cruzados».Assim, para 27 de Junho, dia em que está previsto o início do julgamento do chamado «caso Bateragune», que levará ao banco dos réus Arnaldo Otegi, Rafa Díez e Txelui Moreno, entre outros dirigentes independentistas, o Movimento Eleak convocou mobilizações nas quatro capitais do Sul do país, com o lema «Euskal Herria Libre eta Legala».
Em Donostia, o protesto terá lugar na Praça Easo às 19h30; em Iruñea, às 19h30 na Praça do Município; em Gasteiz, na Praça dos Correios às 20h00; e, por último, em Bilbo, às 19h30 na Praça Elíptica.
Fonte: Gara
euskaL herria Libre eta Legala, eskubide guztiak guztiontzat
Euskal Herria livre e legal, todos os direitos para todos