sexta-feira, 17 de junho de 2011

Convocam várias acções de protesto contra a «pena perpétua» aplicada aos presos políticos bascos

Representantes do Movimento pró-Amnistia de Bilbo deram uma conferência de imprensa nas escadas de Solokoetxe para anunciar as diferentes acções previstas para denunciar a «pena perpétua» que é imposta aos presos políticos bascos, tendo destacado o caso do preso bilbotarra Joseba Artola, que este domingo cumpre 25 anos de prisão.

Criticaram com veemência os «claros critérios de opressão» que subjazem à actual política penitenciária, «que tem por objectivo a destruição do Colectivo (de Presos Políticos Bascos)», e apontaram algumas das graves consequências dessa política, como a não libertação dos presos com doenças graves, «o desaparecimento da liberdade condicional», a pretensão de levar os presos ao «arrependimento» através «da chantagem e do isolamento».
Referiram também o prolongamento das penas aos presos que já cumpriram na íntegra as penas a que foram condenados.

É o caso do preso Joseba Artola, bilbotarra que evocaram de forma especial, pois, apesar de ter cumprido na íntegra, em 2006, a pena a que foi condenado, neste domingo vai atingir a marca de um quarto de século na prisão, efeméride que os seus familiares e amigos irão recordar nesse dia com uma manifestação, que partirá às 12h30 da Praça Circular. Posteriormente, disseram, haverá um almoço popular e bertsolaris, entre outras actividades.

Também anunciaram a convocatória para uma conferência que irá decorrer no próximo dia 22, na qual participarão um advogado e um ex-preso, e que visa explicar como é que a norma penitenciária de excepção é aplicada e as consequências que esta tem na vida dos presos. A conferência terá lugar no edifício de La Bolsa.
Encorajaram ainda os cidadãos a participar na viagem que, no sábado, dia 25 de Junho, se irá fazer até à prisão de Daroca (Saragoça), onde Artola se encontra preso, como expressão de solidariedade.
Fonte: Gara

Não à pena perpétua!

Forças militares espanholas andam novamente em manobras junto ao Gorbeia
Através de uma nota, o Movimento pró-Amnistia fez saber que, ontem de manhã, chegaram a Zuia (Norte de Araba) um autocarro e um camião com militares espanhóis, tendo partido dali para os lados do monte Gorbeia (Bizkaia/Araba). «Com tudo isto, nos últimos dias, a presença da Guarda Civil tem sido verdadeiramente asfixiante por aqueles lados», denuncia o movimento anti-repressivo.
«Não é a primeira vez que os militares ocupam a zona no âmbito de operações de preparação para a guerra, sendo auxiliados nestes trabalhos por determinados corpos policiais, como a Ertzaintza e a Guarda Civil», afirma o MpA.

Na nota, diz-se ainda que, «com vista a alcançar uma paz justa e duradoura em Euskal Herria, têm sido dados grandes passos nos últimos meses» e que «diferentes agentes sociais assumiram um compromisso com um processo democrático». Neste contexto, o Movimento pró-Amnistia considera que o facto de «os militares andarem pelas montanhas de Euskal Herria a exibirem as suas armas constitui uma grave provocação».

No final da nota, reclama-se a desmilitarização de Euskal Herria, e considera-se importante que sejam dados passos nesse sentido daqui para a frente. «Assim, é necessário que as polícias e os militares cujo objectivo é a repressão e a guerra se vão embora do nosso país».
Fonte: askatu.org