domingo, 26 de junho de 2011

Em Erromo, apoio aos cidadãos condenados a pagar multas por se solidarizarem com os presos

Em Itzubaltzeta/Erromo, cerca de 80 pessoas participaram numa manifestação e numa conferência de imprensa, na sexta-feira à tarde, para se solidarizarem com os cidadãos «a quem aplicaram multas injustas» e para exigir que «o Estado os deixe em paz».
Na ocasião, os membros da iniciativa 5.000 baietz! lembraram que, no dia 18 de Setembro de 2010, quando se manifestava de forma pacífica em defesa dos presos bascos, o jovem de Erromo A.S. foi agredido por trás por um agente da Ertzaintza, atirado ao chão e detido. Hoje, a justiça pede-lhe que pague uma multa de 2000 euros, utilizando a desculpa de «atentado à autoridade». No dia 22 de Outubro de 2010, durante uma manifestação pacífica em defesa do conterrâneo Imanol Beristain, os moradores do bairro J.I. e I.l. foram parados e identificados, tendo-lhes sido depois comunicado por um comandante do corpo policial autonómico que podiam seguir. Hoje, com o argumento de «insultos e ameaças», um juiz pede-lhes que paguem uma multa de 3000 euros.
Notícia completa: ukberri.net / Fotos: 5000 baietz! ekimenaren agerraldia

A última sexta-feira de Junho anuncia um Verão muito activo pelos presos
Na sexta-feira à tarde e à noite, realizaram-se dezenas de concentrações pelos presos em Euskal Herria, pela primeira vez sob a batuta da iniciativa Egin Dezagun Bidea, destinada a juntar vontades contra a política prisional. Este foi, precisamente, uma das mensagens principais dos diversos actos: «A acumulação de forças será imprescindível».
A Egin Dezagun Bidea lembra que «a questão dos presos e dos refugiados políticos está marcada a vermelho na agenda pela sociedade basca», e que de facto isso ficou demonstrado em mobilizações como a de Janeiro ou a mais recente, celebrada em Bilbo a 12 de Junho. Constata que «uma vasta maioria da sociedade basca apoia o fim da dispersão e a desactivação de medidas como a pena perpétua de facto, a libertação dos presos doentes ou o fim da prática do isolamento». Mas insiste na ideia de que, para que tal seja possível, é preciso juntar forças.

«Estamos a fazer caminho», refere o comunicado lido nas concentrações, que considera um exemplo feliz a atitude tomada por diversos sectores em Ipar Euskal Herria contra o mandado europeu emitido contra a militante do Batasuna Aurore Martin. Também se congratula pela criação de herri bilgunes [comités populares] em todo o país, que se pretendem «espaços amplos e abertos» para trabalhar na defesa dos direitos dos presos bascos.
À beira do período de férias, a Egin Dezagun Bidea ressalta que este Verão será bastante activo neste terreno, meses que espera ver «repletos de reivindicações» pelos presos e exilados. Para além de promover novos herri bilgunes, espera também que as reivindicações estejam presentes em festas populares, concertos, espaços desportivos... e que cheguem aos turistas que visitam Euskal Herria. Como mobilização concreta a curto prazo, destaca a manifestação convocada para dia 3 de Julho em Iruñea.

Dezenas de actos
Na última sexta-feira de cada mês, são muitas as mobilizações pelos presos políticos, e esta não se revelou menos solidária. Com Euskal Herria já em pleno período de festas estivais, as mobilizações foram ainda mais participadas.
Assim, em Orereta (Gipuzkoa) houve uma manifestação, em que participaram 246 pessoas, para reivindicar o repatriamento dos presos políticos. À manifestação seguiu-se a representação teatral, cujo cenário figurava uma cela da prisão de Herrera de la Mancha.
Referência a outras mobilizações em: Gara

Colocaram uma faixa gigante pelos presos na ponte que une Barakaldo e Gurutzeta
A Ertzaintza chegou quando duas pessoas estavam a colocar a faixa; depois de descerem da estrutura da ponte, foram detidas e acusadas de desobediência. Isto passou-se na sexta-feira.
Os dois detidos foram levados para a esquadra de Sestao (Bizkaia), tendo sido posteriormente conduzidos à presença de um juiz no Tribunal de Barakaldo (também em Ezkerraldea). Puderam ambos seguir em liberdade.
Fonte: askatu.org