Familiares de Ibon Iparragirre e membros da Etxerat afirmaram que as defesas do preso político, que tem sida, são «muito baixas» e que uma infecção pode ser «irreversível» no seu caso.
Familiares de Ibon Iparragirre e membros da Etxerat lançaram o alerta para a grave situação em que se encontra o preso político basco. Depois do relatório que a Jaiki Hadi apresentou esta quinta-feira, em que dava conta da sua «grave» condição clínica e do agravamento do vírus VIH, de que é portador, os seus familiares, com a sua mãe, Angelita Burgoa, à frente, vieram a público para afirmar que uma simples infecção poderá ser «irreversível», uma vez que as suas defesas são extremamente baixas.
Burgoa disse que o seu filho é portador do vírus desde os 17 anos mas que, apesar disso e enquanto esteve cá fora, sempre conseguiu fazer uma vida inteiramente normal. A sua situação alterou-se depois de ter ido parar à prisão, onde o seu processo de «decadência foi imparável».Afirmou que tem dificuldades de visão, que «praticamente não vê», que não consegue ler as cartas que lhe chegam à prisão, e que pede a outros presos que o ajudem a escrever.
Em nome da Etxerat, tomaram a palavra Mattin Troitiño e Biki Gorostiaga, que qualificaram esta semana como a «semana negra». Depois de afirmarem que, se a política penitenciária não mudar, vai criar «situações irreversíveis», recordaram os acidentes de viação em que se viram envolvidos familiares de presos políticos bascos no regresso a Euskal Herria, depois de efectuarem visitas em prisões espanholas.«A política penitenciária não tem lugar nesta nova situação; apenas viola direitos», disseram.
Por fim, fizeram um apelo à participação na concentração que amanhã, pelas 11h30 e com o lema «Iparra galdu baik» [Sem perder o Norte], terá lugar em frente à prisão de Basauri, onde se encontra encarcerado Ibon Iparragirre.
Fonte: Gara
Familiares perguntam a Marlaska se é ético deixar os detidos incomunicáveis nas mãos da Guarda Civil
Familiares de jovens detidos concentraram-se ontem de manhã em frente ao Hotel Iruña Park, onde o juiz Grande-Marlaska deu uma conferência sobre a ética e a justiça. A Delegação do Governo proibiu a concentração e esta teve que se dividir em grupos com 19 pessoas. A Polícia também impediu as pessoas de exibirem a faixa que levavam, pelo que decidiram mostrá-la ao contrário. O que nela estava escrito era: «Marlaska: ¿incomunicar y torturar es justicia ética?».
Dentro do hotel, o advogado José María Compains manifestou ao magistrado do tribunal especial espanhol Fernando Grande-Marlaska a sua «convicção pessoal de que existem casos de torturas gravíssimos» nas instalações policiais, e pediu ao juiz que explicasse a sua forma de actuar perante eles.
O magistrado disse que, quando observa «realmente um mínimo de seriedade» nas denúncias relacionadas com torturas, as inclui nas suas resoluções «porque isso é materializar a justiça». «Pode ser que alguma vez me engane, como qualquer cidadão, mas essa é minha forma de actuar», disse.Concentração em Iruñea
Fonte: ateakireki.com / Ver também: Gara
Ongi-etorri a Xabier Etxeberria, ontem de madrugada, em Azpeitia
Xabier Etxeberria chegou a Azpeitia (Gipuzkoa) pelas 3h00 da madrugada, depois de a AN espanhola o ter absolvido no julgamento relacionado com o atentado na discoteca Universal de Lakuntza.
O ex-preso político era aguardado por cerca de 70 pessoas. Neste primeiro acto de boas-vindas (no sábado terá lugar o ongi-etorri «oficial»), houve uma oferenda floral, um aurresku e bertsos. [Vídeo: ongietorria Azpeitian]
Fonte: Gara / Mais info: uztarria.com