
Gara, Donostia * E.H.
O ano passado, a Fundação Euskal Memoria documentou 50 anos de repressão em Euskal Herria, e este ano decidiu cobrir um outro vazio de grande relevância na historiografia basca: o franquismo, entendido em toda a sua dimensão e com todo o seu impacto.O livro será publicado na Feira de Durango, tem cerca de 1000 páginas e resume e analisa o funcionamento e a incidência do franquismo em Euskal Herria a partir de dados recolhidos quase só em três arquivos: o dos beneditinos de Lazkao, «o maior da Europa sobre este tema»; o Arquivo Geral da Administração, onde habitualmente vão parar todos os arquivos oficiais há 15 ou 20 anos; e o arquivo militar por excelência, na Corunha e em Ferrol.

Arantxa Eratsun situou o trabalho da Euskal Memoria no actual contexto político, em que ainda existem responsáveis políticos, como Patxi López, que falam em construir um «relato» baseado em «vencedores e vencidos». Salientaram o facto de o franquismo ter feito isso mesmo.
A Euskal Memoria pergunta se agora será possível fazer um relato partilhado, e responde a si mesma que «não sabe», afirma no entanto que, para o conseguir, será necessário começar por ouvir e conhecer todas as realidades de épocas como esta. Egaña realçou o vazio existente nesta matéria a nível editorial.
Fonte: SareAntifaxista