domingo, 2 de outubro de 2011

Milhares de pessoas em Iruñea para reivindicar o fim dos julgamentos políticos

A manifestação, convocada pelo movimento Eleak para reivindicar «todos os direitos para todos» e exigir o fim dos julgamentos políticos, partiu dos cinemas Golem, em Iruñea, passavam poucos minutos das 17h30 e foi secundada por milhares de pessoas.

Fotos: Euskal gazteria libre eta legala (ekinklik.org)

O lema principal da mobilização era, tal como se podia ler na faixa à cabeça, «Por las libertades políticas. Eskubide guztiak guztientzat». No entanto, os manifestantes levavam muitos outros cartazes, em que se liam palavras de ordem como «Utzi bakean euskal gazteria» [Deixem a juventude basca em paz], «Internazionalismoa ez da delitua» [O internacionalismo não é um crime] – também se viam muitas bandeiras solidárias com os membros da Askapena que foram recentemente indiciados – ou «Euskal gazteria libre eta legala» [A juventude basca livre e legal].

Entre os participantes encontravam-se os representantes do Bildu Maiorga Ramírez e Bakartxo Ruiz e o porta-voz do movimento Eleak, Joxean Agirre, que, em declarações à comunicação social, referiram que os julgamentos políticos «não têm cabimento» no novo ciclo político aberto em Euskal Herria.
Por isso, pediram aos governos espanhol, de Gasteiz e de Iruñea que avancem e estejam à altura das circunstâncias.

Durante o trajecto, os manifestantes fizeram ouvir palavras de ordem de apoio à juventude basca, bem como a favor do repatriamento dos presos políticos ou da independência.

Ao chegar ao Paseo Sarasate, os representantes do Eleak Espe Iriarte e Juanje Soria tomaram a palavra para expressarem a sua solidariedade aos onze jovens de Iruñerria que vão ser julgados pela AN espanhola. Também se referiram aos cinco membros da Askapena processados, aos condenados no «caso Bateragune» e ao militante pró-Amnistia Josu Esparza, que aguarda pela decisão sobre o mandado europeu emitido contra ele.

«Em Nafarroa há 100 pessoas imputadas por militarem em diversas organizações da esquerda abertzale, e 34 delas estão na prisão. E é grave que o número de presas e presos políticos possa aumentar após os julgamentos dos próximos meses».

«Por isso – afirmaram – o desafio que vos lançamos é o de parar todos estes julgamentos, e libertar de imediato todas as pessoas encarceradas por militar nestas organizações».

«Dizemos que é o momento de o Estado dar passos, e é verdade, mas o Estado não os dará se em Euskal Herria não os dermos antes», concluíram.

No acto também intervieram dois dos onze jovens que vão ser julgados, Iker Aristu e Maitane Intxaurraga, para defender o direito da juventude a realizar um trabalho político.
Notícia completa: Gara

Ver também: «Epaiketa politikoak bertan behera uzteko eskatu dute Iruñean», de Joxerra SENAR (Berria)