A Egin Dezagun Bidea referiu que tudo aponta para que a manifestação de sábado seja a maior mobilização dos últimos anos em Euskal Herria e «um marco» diferenciador entre «um passado obscuro e um novo futuro».
«La marcha será silenciosa ante los intentos de "enrarecer el ambiente"», de Iñaki IRIONDO (Gara)
«Han asumido que la cita de Bilbo será histórica» (editorial do Gara)
«Percurso e outros elementos práticos»
Os membros da iniciativa Egin Dezagun Bidea Beñat Zarrabeitia, Jone Artola e Ingo Niebel deram ontem uma conferência de imprensa em Bilbo, acompanhados por dezenas de representantes políticos, sociais e sindicais que apoiam a manifestação de sábado, que esperam que seja «um espectáculo reivindicativo» em defesa dos direitos dos prisioneiros bascos.
Os organizadores prevêem que a mobilização de sábado seja a maior dos últimos anos em Euskal Herria, uma manifestação «colossal, ampla e plural» que concitou a maior acumulação de forças alguma vez vista em apoio aos direitos dos presos.
Zarrabeitia disse que, até ao momento, foram recebidas mais de 15 000 adesões e que cerca de 300 autocarros foram organizados para viajar até Bilbo.
Confirmou que a manifestação será silenciosa, face às tentativas de «deteriorar o ambiente». Disse que os convocantes vão fazer por seu lado «um exercício de responsabilidade», e pediu também «um absoluto sentido de responsabilidade e rigor» ao Departamento do Interior do Governo de Lakua.
Afirmou que «tudo o que foi criado nos últimos dias procura desvirtuar o debate de fundo, gerar confusão e deteriorar o ambiente», mas, perante isso, defendeu que o importante é estar «às portas de uma situação nova» e que «esse tempo de esperança tem de ser dinamizado por todos».
Um marco
Ingo Niebel e Jone Artola leram um documento dos convocantes e colectivos que apoiam a manifestação, no qual fazem um apelo à participação na mobilização, que «tem uma importância histórica» e há-de ser «um marco diferenciador entre um passado obscuro e um novo futuro». «No dia 7 de Janeiro, entre todos, podemos abrir uma nova etapa», afirmam.
O documento destaca que «milhares de pessoas e centenas de agentes de diferentes ideologias e áreas de trabalho se uniram em torno de um claro objectivo: em primeiro lugar, que sejam imediatamente dados os passos necessários ao estabelecimento de todos os direitos dos presos políticos bascos e, em segundo lugar, com vista a fomentar uma solução definitiva para o conflito, que se abra o caminho de regresso a casa de todos os presos e exilados políticos, na medida em que a solução do conflito também requer a superação de todas as suas consequências».
Neste contexto, reclamam «passos aos governos», o repatriamento dos prisioneiros, «o fim da pena perpétua, derrogando a doutrina 197/2006 e permitindo a liberdade condicional no Estado francês», a libertação dos presos doentes e dos que cumpriram três quartos da pena.
«Todos estes pedidos são estritamente democráticos, baseiam-se no respeito pelos direitos humanos e são também passos necessários ao avanço do processo de solução do conflito», realçaram, tendo lembrado ao mesmo tempo que estas reivindicações se tornaram «num reclamo amplo e claramente maioritário da sociedade basca», bem como numa «exigência de muitos agentes internacionais de prestígio». / Fonte: Gara
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