Em resposta à convocatória do Herrira, cerca de 800 pessoas concentraram-se hoje às 20h00 na Praça Telletxe, em Algorta (Bizkaia), para protestar contra a morte de Anjel Figueroa, preso político da localidade que ontem foi encontrado morto em sua casa, com 41 anos. Desde 2008, cumpria pena em regime de prisão domiciliária, pois sofria de uma grave doença neurológica. Na concentração de hoje, para além de se pedir a libertação dos presos políticos doentes, recordou-se a figura de Anjel, internacionalista e militante comprometido com a construção de uma sociedade livre, euskaldun e socialista. Lamentou-se, no entanto, a solidão que sentia nos últimos tempos. Joseba Permach e Maribi Ugarteburu estiveram presentes em Algorta em representação do Sortu. / Ver: ukberri.net e algortaHerrira / Fotos: «Agur eta ohore, Anjel»
Em Iruñea, o Herrira fez um apelo à mobilização para que mortes como a de Anjel Figueroa não se repitam
Hoje de manhã, realizou-se uma concentração frente à Delegação do Governo espanhol em Iruñea para denunciar a situação de Inés del Río e dos restantes presos que continuam na cadeia apesar de terem cumprido a pena a que foram condenados. Nela, participaram representantes de vários partidos, sindicatos, agentes sociais e do Herrira. Em nome deste movimento popular, Maider Caminos e Jon Garay expressaram a solidariedade à família de Figueroa e reclamaram o fim das medidas de excepção que são aplicadas aos presos bascos, pois «violam os direitos humanos, continuam a provocar sofrimento e mortes, como a que acabamos de conhecer».
Recordaram que o algortarra «viu a sua doença agravar-se na prisão, foi alvo de negligência médica, de crueldade e de chantagem», e que, apesar de os sintomas da epilepsia terem começado a manifestar-se de forma grave em 2005, lhe foi recusada a aplicação do artigo 92.º, tendo sido enviado para mais longe do país, para a prisão de Córdova. «Viria a sair da prisão em 2008, para cumprir o resto da pena em regime de prisão domiciliária, com todas as restrições próprias deste regime penitenciário».
Os membros do Herrira lembraram que há quinze presos «na mesma situação por que Anjel teve de passar, com doenças graves, presos e dispersos», e que os estados espanhol e francês «continuam a brincar com as suas vidas, sabendo que a prisão agrava a sua situação». Assim, afirmaram, o número de presos doentes, em vez de diminuir, aumenta, como o mostra os casos de Ibon Fernández Iradi e Ventura Tomé, recentemente diagnosticados. Afirmaram que os presos doentes devem ser libertados, por forma a poderem receber tratamento em condições dignas e adequadas, «sem qualquer tipo de restrição que dificulte o tratamento».