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Os sindicatos ELA, LAB, CCOO e UGT apoiaram as mobilizações e, em declarações à comunicação social em Bilbo, Joseba Izaga (LAB) disse que o morto «era um dos 9000 trabalhadores temporários» que o porta-voz do Governo de Lakua, Josu Erkoreka, designou como «efeitos colaterais».
Depois de anunciar que o Executivo autonómico ia aumentar a jornada laboral dos seus funcionários, Erkoreka usou esse termo para se referir às consequências que essa medida ia ter nas contratações de interinos e temporários em áreas com trabalhos por turnos.
Os funcionários exigiram ao Governo de Lakua que «volte atrás» e tenha mais «cuidado com o que diz» sobre o trabalho e as condições laborais dos funcionários públicos, pois «as consequências dessas frivolidades sentem-se todos os dias».
Afirmaram que, hoje em dia, «muitas das pessoas que se dirigem ao Lanbide [Serviço Basco de Emprego]» para pedir «assistência social» eram trabalhadores da administração.
José Antonio Diéguez García, de 50 anos, trabalhava como temporário no serviço de manutenção e, depois de ter estado quatro anos em Bilbo, desempenhava agora as suas funções em Gasteiz. «Josean trabalhava para poder educar a sua filha», disseram os seus colegas na concentração de Gasteiz.
Izaga disse que «não é possível compreender que as pessoas sejam forçadas a chegar a estes limites», tendo ainda afirmado que os despejos «se estão a tornar numa fonte de morte porque há políticas como a Lei dos Despejos de 1909».
Criticou também o Governo espanhol, que «alterou a legislação quatro vezes por semana, mas sem que ninguém se tenha atrevido a mexer numa legislação que é quase napoleónica». / Ver: naiz.info e Berria
Centenas de pessoas manifestaram-se em Bilbo depois de um homem se ter suicidado quando ia ser despejado
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