O preso político basco Xabier López Peña faleceu esta madrugada num hospital de Paris. Tinha sido internado na sequência de um enfarte e o seu estado agravou-se depois de, há dois dias, ter sofrido um derrame cerebral, segundo divulgaram o Herrira e a Etxerat. Apesar de ter falecido à 1h00 da madrugada, a sua família só foi informada doze horas mais tarde, quando o foi visitar. O galdakaoztarra tinha 54 anos e encontrava-se na prisão desde Maio de 2008.
Xabier López Peña faleceu no Hospital Pitié-Salpêtriere, em Paris, para onde fora transferido, no dia 13 de Março, do Hospital Corbeil-Essonne. Dois dias antes, o natural de Galdakao (Bizkaia), que sofria de problemas cardiovasculares, fora levado de urgência da prisão de Fleury para o hospital, depois de sofrer um enfarte. A notícia só veio a público oito dias depois (19 de março).
De acordo com a informação divulgada pela Etxerat, apesar de o falecimento ter ocorrido à 1h00 da madrugada, os seus familiares só tiveram conhecimento do facto às 13h00, quando o foram visitar.
À espera de reunir mais informação, incluindo os relatórios médicos pertinentes, a Etxerat denunciou o procedimento - «difícil de entender» - da prisão de Fleury e do Hospital Pitié-Salpêtriere para com os familiares e amigos do galdakaoztarra, «silenciando a todo momento o seu estado, incluindo o seu falecimento, e dificultando as visitas e o contacto com Xabier».
O Herrira, por seu lado, expressou o seu apoio e as suas condolências à família de López Peña e seus amigos.
Xabier López Peña era natural de Galdakao (Bizkaia) e tinha 54 anos. Estava na prisão desde Maio de 2008, depois de ter sido preso num andar em Bordéus com Jon Salaberria, Igor Suberbiola e Ainhoa Ozaeta. Esteve envolvido na recta final das conversações entre a ETA e representantes do Governo espanhol entre 2005 e 2007.
Após a detenção, ao ser conduzido à habitação para as buscas, López Peña resistiu aos polícias e proferiu palavras contra «a situação de excepção», pela liberdade de Euskal Herria e a favor da ETA. Esta imagem teve grande repercussão, tal como aquela em que aparecia rodeado de agentes e a fazer o sinal da vitória.
Dois presos bascos mortos este mês
No passado dia 14 de Março, o preso algortarra Anjel Figueroa, que tinha uma doença grave e incurável e cumpria pena, desde 2008, em regime de prisão domiciliária, foi encontrado morto em sua casa, em Algorta (Getxo, Bizkaia). / Fontes várias: ver ateakireki.com / Etxerat (eus / cas) / Herrira (1 e 2) / Berria
Dois presos bascos mortos este mês
No passado dia 14 de Março, o preso algortarra Anjel Figueroa, que tinha uma doença grave e incurável e cumpria pena, desde 2008, em regime de prisão domiciliária, foi encontrado morto em sua casa, em Algorta (Getxo, Bizkaia). / Fontes várias: ver ateakireki.com / Etxerat (eus / cas) / Herrira (1 e 2) / Berria
Ver também: «O último episódio numa extensa lista de mortes», de Ion SALGADO (Gara)