segunda-feira, 11 de março de 2013

Xabi Aranburu e Julen Mujika põem fim à greve de fome em Muret-Seysses

Os presos políticos bascos Xabier Aranburu e Julen Mujika puseram fim à greve de fome que tinham iniciado em protesto contra a situação do primeiro, pois registaram-se alterações positivas, segundo informou hoje a Etxerat numa nota.

A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos já tinha noticiado a «situação deplorável» em que o ondarrutarra se encontrava, bem como a greve de fome que tinha iniciado. Entretanto, Julen Mujika, outro preso político basco no cárcere de Muret-Seysses, também entrou em greve de fome, em solidariedade com Aranburu.

Na nota diz-se também que, no sábado, cerca de 400 pessoas se manifestaram em Ondarroa para denunciar o que Aranburu estava a viver em Seysses, desde que, faz agora uma semana, o levaram para as celas de castigo; e que no dia seguinte cerca de 60 pessoas viajaram de Ondarroa até à prisão para apoiar o preso e expressar a sua preocupação aos responsáveis.

De acordo com a Etxerat, os familiares de Aranburu conseguiram falar com os responsáveis do cárcere, tendo-lhes pedido explicações sobre a situação do preso. Foi-lhes dito que tinham tirado a roupa a Aranburu para que não pudesse fazer mal a si mesmo e que ontem lhe deram um pijama; disseram ainda nada saber do resto (água fria, agressões, etc.).

Hoje, o advogado de Aranburu foi à prisão, e, segundo consta, as condições de Aranburu melhoraram: tem água quente e deram-lhe algo para vestir. Ainda assim, continua no mitard. Também em Muret, Juan Carlos Estevez, preso basco que se encontra isolado dos seus companheiros, não sai da cela em protesto contra a situação de Aranburu e o seu isolamento. / Ver: etxerat.info e etxerat.info / Nota da família sobre os maus-tratos a Xabier Aranburu (kazeta.info)

Delegada do Governo espanhol em Nafarroa proíbe duas mobilizações contra a doutrina Parot
A Delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Carmen Alba, proibiu a manifestação convocada pelo Herrira para este sábado em Tafalla, bem como a concentração convocada para 20 de Março em Iruñea. O Herrira sublinhou que o objectivo destas mobilizações é o de «pedir respeito pelos Direitos Humanos de todas as pessoas e, concretamente, o cumprimento da sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem de 10 de Julho de 2012».

A proibição baseia-se no lema das mobilizações: «197/2006 doktrina eten. No a la cadena perpetua. Ines askatu» [Romper a doutrina 197/2006. Não à pena perpétua. Liberdade para Inés]. Alba considera que, com a inclusão do nome de Inés del Río, o propósito da marcha «já não é inócuo ou um simples pedido de não aplicação de uma doutrina», mas significa «louvar e apoiar» uma pessoa condenada por ser da ETA.

Para o Herrira, a proibição destas mobilizações mostra um Governo «irresponsável e reincidente nas violações de direitos», e o argumento usado parece-lhe «ridículo e uma burla ao direito de manifestação». Por isso, decidiu manter a convocatória das mobilizações e pedir aos cidadãos que participem nelas. Para além disso, esta manhã apresentou um recurso no Tribunal Superior de Justiça de Nafarroa. / Ver: naiz.info

A Jaiki Hadi revela a existência de mais dois presos bascos gravemente doentes
Endika Intxausti e Mikel Urra, médicos de confiança dos presos Ibon Fernández Iradi e Ventura Tomé, acompanhados por membros da associação Jaiki Hadi, deram uma conferência de imprensa em Bilbo, na qual revelaram que estes dois presos, encarcerados em Lannemezan e Múrcia I, respectivamente, têm doenças graves: a Ibon Fernández Iradi foi diagnosticada esclerose múltipla, e Ventura Tomé tem cancro da próstata. O número de presos políticos bascos com doenças graves sobe assim para quinze. / Ver: naiz.info

Pello Olano e Mattin Olzomendi, em liberdade
A Etxerat fez saber que o preso Mattin Olzomendi (Ziburu, Lapurdi) foi hoje posto em liberdade condicional, tendo já saído do cárcere de Uzerche, depois de ter estado três anos preso. (Mais info: aseh

Por outro lado, Pello Olano, preso político de Lizartza (Gipuzkoa), será libertado amanhã, saindo da prisão de Múrcia-II depois de pagar uma fiança de 15.000 euros. Acusado de prestar ajuda à ETA, Ollano foi detido há três anos pela Guarda Civil. Quando foi presente ao juiz Grande-Marlaska negou o depoimento feito sob tortura nas mãos dos captores. / Ver: etxerat.info e naiz.info