Membros do 7Katu Gaztetxea, na Alde Zaharra bilbaína, anunciaram a criação de uma rede de apoio ao seu projecto de «resistência cultural», que ontem foi apresentada publicamente nas Escadas de Solokoetxe (Bilbo). Com esta iniciativa, pretendem divulgar a situação de risco em que se encontra o gaztetxe, reunir apoio à volta do seu projecto e fomentar a participação activa de todos na sua defesa.
Nos últimos dois anos, representantes do gaztetxe mantiveram um processo de negociação com os donos do edifício abandonado que ocuparam há sete anos. No entanto, segundo denunciaram, há alguns meses ficaram a saber que, «pressionados pela Câmara Municipal de Bilbo», os proprietários não iam querer chegar a acordo, dando assim por concluída a negociação.
Numa nota que divulgaram há poucos dias, afirma-se que «a necessidade de um espaço próprio e de mudar o bairro foi o que nos levou a construir este projecto». Nos primeiros quatro anos, foram despejados quatro vezes, mas, sempre insistindo, voltaram a recuperar o espaço.
Ao longo destes sete anos, foram muitos os jovens que ali se «organizaram» com o propósito de criar outras formas de lazer e modelos alternativos ao consumo, de um modo «crítico e inconformista». Afirmam também que «realizaram mais de 800 actividades culturais, para lá do modelo elitista que nos impõem».
Realçam ainda o facto de, com o recurso ao trabalho colectivo, terem recuperado um espaço degradado, afirmando que os jovens que contribuíram para essa recuperação o fizeram em prol de um bairro mais vivo e colorido. «Hoje em dia, o 7Katu Gaztetxea é uma referência para jovens e colectivos da Alde Zaharra e para o panorama cultural da cidade».
No site do gaztetxe é possível conhecer de forma detalhada a sua agenda diária, bem como as notícias relativas a esta última campanha. / Ver: boltxe.info, Berria e Gara
