Sem esperar por Setembro, altura em que Madrid vai executar a reforma das pensões, o LAB pede às instituições bascas que tomem medidas com vista à criação de emprego de qualidade, à reforma fiscal e à criação de instrumentos que permitam gerir o seu próprio sistema de pensões.
Com as férias de Verão à porta, o sindicato LAB pediu a instituições e partidos políticos de Hego Euskal Herria que tomem medidas concretas para responder à reforma das pensões que o Governo espanhol quer aplicar em Setembro. Para a central sindical, um sistema público de pensões em Euskal Herria é viável, mas para isso é necessário «compromisso político» para se proceder a alterações em matéria fiscal e de emprego.
Bea Martxueta, secretária de Políticas Sociais do sindicato, e Mikel Saralegi, da assembleia socioeconómica, deram uma conferência de imprensa ontem em Donostia para pedir aos governos de Gasteiz e Iruñea que «não esperem pelo que em Setembro vai chegar de Madrid e que tomem a iniciativa». Em concreto, solicitaram a elaboração de um plano estratégico que garanta o futuro das pensões em Euskal Herria e a criação de um área de negociação e diálogo que permita construir um «sistema de Segurança Social próprio».
Martxueta sublinhou que a viabilidade do sistema de pensões não é uma questão exclusivamente técnica ou económica, mas que transcende o âmbito político. Nesta linha, defendeu que os governantes «devem dar prioridade à defesa do direito das pessoas ao acesso a uma vida digna e, dentro dela, a uma pensão digna». O problema para o conseguir, segundo referiu, reside na distribuição equitativa da riqueza, pelo que propôs quatro medidas concretas nesse sentido. / Iraia OIARZABAL / Ver: Gara / Mais informação: LAB