Depois de conhecer a decisão do presidente da Câmara de Instrução de Toulouse de rejeitar o recurso apresentado a 17 de Julho contra o arquivamento do processo, a família de Jon Anza - militante independentista desaparecido em Abril de 2009 cujos restos mortais apareceram um ano mais tarde na morgue de Toulouse - afirmou que foi «tratada, mais uma vez, com desprezo».
Depois da apresentação do recurso em Toulouse, os familiares de Jon Anza anunciaram que tinham intenção de levar a investigação até ao fim. Se o recurso tivesse sido aceite, poderiam recorrer para o Tribunal de Cassação de Paris e depois para Estrasburgo, caso enfrentassem uma sentença contrária; contudo, a decisão de hoje fecha esta porta. Amaia Rekarte, advogada da família, disse à kazeta.info que agora irão analisar as possibilidades em aberto para prosseguir com a investigação, mas que isto «não é um bom precedente».
No comunicado de hoje, a família recordou que continua a não saber o que se passou com Anza nos dez meses em que esteve desaparecido e que não foi esclarecida a razão pela qual o corpo sem vida de Anza foi descoberto dez meses depois da sua morte. Para além disso, consideram que esta decisão «reflecte a forma como a família foi tratada ao longo dos últimos quatro anos». A família denuncia a recusa das autoridades a debater o que se passou, rejeitando desse modo a procura da verdade. / Ver: naiz.info e kazeta.info