quarta-feira, 1 de abril de 2009

Repressão: a Polícia espanhola em Pasai Antxo e a Ertzaintza em Arrasate


A Polícia espanhola alega «um controlo de rotina» para entrar na ‘herriko’ de Pasaia

Um “controlo de rotina” foi a desculpa utilizada pela Polícia espanhola para entrar na herriko taberna de Pasai Antxo, no sábado à noite, e identificar todas as pessoas que se encontravam lá dentro a preparar um jantar.
De acordo com o que foi relatado ao GARA por habitantes da localidade guipuscoana, duas carrinhas da Polícia surgiram em frente à sociedade Basari por volta das 21h, tendo os agentes permanecido no interior do local durante meia hora.
A Polícia espanhola alegou que queria realizar um “controlo de rotina”, para verificar se os papéis estavam em ordem, e uns seis ou sete polícias armados entraram pela herriko adentro.

Jantar a favor da Korrika
Os agentes pediram a identificação a todas as pessoas que se encontravam nesse momento dentro da sociedade Basari a preparar o jantar que ali iria ter lugar nessa mesma noite, a favor da Korrika.
Ao aperceber-se do que se estava a passar, os habitantes da localidade foram-se juntando em frente à herriko em protesto contra a actuação da Polícia espanhola e começaram a fazer ouvir palavras de ordem em que exigiam que os polícias se fossem embora e os deixassem em paz.
Os ânimos só acalmaram quando o vice-presidente da autarquia, Ander Poza, acorreu ao local. O eleito independentista falou com os polícias, e estes acabaram por decidir abandonar o lugar, entre os protestos dos populares.
Os agentes não levaram nada, não inspeccionaram o local e, ao serem recriminados pela atitude que mantiveram, garantiram que decidiram realizar o “controlo” por acaso. No entanto, na localidade guipuscoana criticaram toda esta atitude, afirmando que a Polícia espanhola procurou deliberadamente a “provocação” ao entrar na herriko de Pasaia.


A Ertzaintza identifica e ameaça um homem que apanhava cogumelos

Um habitante de Arrasate disse anteontem ao GARA ter sido identificado e ameaçado pela Ertzaintza quando se encontrava a apanhar cogumelos num monte. Referiu que dois agentes se aproximaram dele “com maus modos” para o identificar e que, durante o longo período de tempo em que esteve retido, lhe disseram saber muito bem em que casa residia, embora aquele não seja o seu domicílio de recenseamento. Acrescentou ainda que se despediram dizendo-lhe: “És dos que andam na primeira fila das manifestações, ãh? Pois fica sabendo que te rebento essa boca toda da próxima vez que te vir”.

Fontes: Gara / Gara