sábado, 13 de junho de 2009

A Etxerat pede que Euskal Herria apareça repleta de fotos dos presos


“A sociedade basca deve saber que nos encontramos perante uma nova onda de repressão” e que, com a retirada das fotografias dos presos políticos bascos, o Departamento do Interior de Lakua procura “fazer alastrar o medo para que, através da propaganda e da intimidação, a solidariedade com os presos desapareça de ruas, praças, bares ou festas de localidades, mas não o vão conseguir”, afirmou a Etxerat.

A associação de familiares dos perseguidos políticos bascos fez um apelo no sentido de que as imagens dos presos “povoem este Verão as ruas, as praças, os bares e as festas das localidades”, que façam “parte da paisagem quotidiana e da realidade de Euskal Herria”, porque são “imprescindíveis para denunciar a impunidade dos que aplicam políticas penitenciárias que só trouxeram sofrimento e morte”.

No evento, que decorreu em Donostia e em que participou uma centena de familiares, que seguravam as fotografias dos seus familiares presos, manifestaram a sua preocupação “pelo espectáculo lamentável” que o executivo de Lakua oferece com a retirada das imagens dos prisioneiros bascos.

Expressaram a sua “tristeza, preocupação e raiva” perante uma “medida estéril” que esconde “a decisão política de incriminar a solidariedade e tornar invisível a realidade da criminosa política penitenciaria vigente”.

“Dignidade face à arrogância”
“Com a eliminação destas fotos, a única coisa que procuram é alimentar a impunidade” com que mantêm detidos os presos com doenças incuráveis, a quem “aplicam a pena perpétua, que torturam ou mantêm dispersos”.

Consideraram imprescindível que a sociedade “reaja com dignidade, firmeza e solidariedade face à sua arrogância”, face a todas estas violações de direitos.
Salientaram que as imagens dos presos representam “um símbolo que só desaparecerá das ruas de Euskal Herria no dia em que o conflito político tiver desaparecido para sempre, não antes, por muito que López, Ares ou Rubalcaba ou qualquer outra melga o tente; da mesma que os seus antecessores, vão fracassar”, afirmaram.

Fonte: Gara