(Tasio-Gara)
Antes de que estes factos fossem conhecidos, um grupo de advogados bascos que trabalham na Audiência Nacional espanhola deram uma conferência de imprensa no Colégio de Advogados da Bizkaia para denunciar a situação em que se encontra o seu companheiro Iñako Goioaga, bem como os restantes detidos, dos quais nada sabiam.
Os presos Igor Solana e Jorge García Sertutxa, Ana Paz, Inge Urrutia e o advogado Iñako Goioaga, detidos no sábado pela Guarda Civil, foram comparecendo ao longo do dia perante o juiz Fernando Grande-Marlaska, na Audiência Nacional espanhola, em situação de incomunicação e assistidos por advogados de ofício.
O juiz deu ordem de prisão a Goioaga e García Sertutxa. Também a Ana Paz, que poderá, no entanto, evitar a cadeia caso pague uma fiança de 60 000 euros.
O magistrado sustenta que há indícios de que participaram no suposto plano de fuga da prisão de Huelva organizado pela ETA em 2007.
Já Inge Urrutia foi absolvida neste caso, da mesma forma que Igor Solana e Arkaitz Goikoetxea, que vão continuar presos por outros processos. As declarações deste último, encarcerado em Valdemoro, foram feitas através videoconferência, em situação de incomunicação, que lhe foi levantada depois.
Ontem,ficou-se a saber que a Guarda Civil apareceu na prisão no sábado para o interrogar e colocar sob incomunicação, tendo-o transferido para uma cela de isolamento. Goikoetxea iniciou uma greve de fome, que abandonou ontem, assim que o retiraram da solitária.
De acordo com o Movimento pró-Amnistia, os familiares dos detidos foram impedidos de os ver.
Alguns advogados bascos tentaram assistir os detidos mas o juiz ordenou que fossem expulsos do tribunal de excepção.
Conferência de imprensa em BilbauO juiz deu ordem de prisão a Goioaga e García Sertutxa. Também a Ana Paz, que poderá, no entanto, evitar a cadeia caso pague uma fiança de 60 000 euros.
O magistrado sustenta que há indícios de que participaram no suposto plano de fuga da prisão de Huelva organizado pela ETA em 2007.
Já Inge Urrutia foi absolvida neste caso, da mesma forma que Igor Solana e Arkaitz Goikoetxea, que vão continuar presos por outros processos. As declarações deste último, encarcerado em Valdemoro, foram feitas através videoconferência, em situação de incomunicação, que lhe foi levantada depois.
Ontem,ficou-se a saber que a Guarda Civil apareceu na prisão no sábado para o interrogar e colocar sob incomunicação, tendo-o transferido para uma cela de isolamento. Goikoetxea iniciou uma greve de fome, que abandonou ontem, assim que o retiraram da solitária.
De acordo com o Movimento pró-Amnistia, os familiares dos detidos foram impedidos de os ver.
Alguns advogados bascos tentaram assistir os detidos mas o juiz ordenou que fossem expulsos do tribunal de excepção.
Antes de que estes factos fossem conhecidos, um grupo de advogados bascos que trabalham na Audiência Nacional espanhola deram uma conferência de imprensa no Colégio de Advogados da Bizkaia para denunciar a situação em que se encontra o seu companheiro Iñako Goioaga, bem como os restantes detidos, dos quais nada sabiam.
“Queremos denunciar o absurdo jurídico que constitui a detenção, quando [o Iñako] passa um dia atrás doutro na Audiência Nacional, e o podiam ter intimado; e quando parece que se trata de informações de 2007”, sublinhou o grupo de advogados, entre os quais se encontravam Kepa Landa, Txemi Gorostiza, Ainhoa Baglieto e Haritz Escudero, entre outros.
Denunciaram ainda a situação de incomunicação em que se encontrava, assim como a recusa do juiz a aplicar o protocolo contra a tortura. “Questionamo-nos sobre o que se pretende com essa detenção”, afirmando em seguida que, com os quatro dias em poder da Guarda Civil, talvez se esteja a tentar condicionar uma declaração que poderia ser feita directamente na presença do juiz.
Falta de informação
Chama bastante a atenção “a total falta de informação” que prevaleceu durante estes dias. Afirmaram que o decano do Colégio de Advogados da Bizkaia se pôs em contacto com o tribunal e que não lhe foi facultada qualquer informação, tal como a eles. A essa realidade contrapuseram a informação publicada em órgãos de comunicação e que o próprio Ministério do Interior “está a dar informações sobre um helicóptero e outros elementos, quando nos consta que está em segredo de justiça”.
Testemunhas “incómodas”
Os advogados bascos realçaram que o seu trabalho na Audiência Nacional espanhola os converte em testemunhas “incómodas de numerosas violações que se dão nas detenções, assim como das diversas diligências judiciais que têm lugar”.
Mostraram-se preocupados porque, por trás desta operação, “podem estar a tentar impedir que continuemos a fazer a denúncia das violações de direitos”.
Fonte: Gara
O Movimento pró-Amnistia dá a conhecer a existência de diversas mobilizações na zona da Grande Bilbau – Algorta, Sestao, Alde Zaharra e Santutxu – para estes dias.
Ver: askatu.org