Os responsáveis da Euskalerria Irratia defenderam-se ontem, mediante a apresentação de dados técnicos, das acusações do Governo de Nafarroa, que os acusa de interferir, com as suas emissões radiofónicas, no tráfego aéreo do aeroporto de Noain. Mikel Bujanda, director da emissora, anunciou que solicitou uma licença directamente ao Ministério da Indústria, na sequência da recusa “arbitrária” do Executivo da UPN. Não obstante, reconheceu que a resposta de Madrid pode tardar meses.
O director da emissora desafiou a Direcção Geral da Comunicação do Governo navarro a inspeccionar as suas instalações e a “demonstrar com provas empíricas” as afirmações que sustentaram a exigência do fim das emissões. Depois de apresentar provas de que a sua antena não está colocada no “ponto crítico” de onde emanam as emissões que perturbaram o tráfego aéreo, Bujanda anunciou que irá na segunda-feira ao Parlamento, tendo em conta a “nula seriedade, objectividade e responsabilidade com que o Executivo foral tem vindo a gerir o espectro radiofónico” de Iruñerria. Por outro lado, avaliou de forma positiva a intermediação do gerente do Euskarabidea, Xabier Azanza.
O director da emissora desafiou a Direcção Geral da Comunicação do Governo navarro a inspeccionar as suas instalações e a “demonstrar com provas empíricas” as afirmações que sustentaram a exigência do fim das emissões. Depois de apresentar provas de que a sua antena não está colocada no “ponto crítico” de onde emanam as emissões que perturbaram o tráfego aéreo, Bujanda anunciou que irá na segunda-feira ao Parlamento, tendo em conta a “nula seriedade, objectividade e responsabilidade com que o Executivo foral tem vindo a gerir o espectro radiofónico” de Iruñerria. Por outro lado, avaliou de forma positiva a intermediação do gerente do Euskarabidea, Xabier Azanza.
No comunicado lido pela gerente da rádio, Leire Asporosa, a emissora reiterou que a “desamparo” em que se encontram “deriva da falta de licença, e não de umas supostas interferências”. Assim, a gerente denunciou a situação em que se encontram depois de mais de 20 anos de emissão ininterrupta e apesar de manter “uma programação local de mais de oito horas diárias em euskara”.
Debate parlamentar
Tudo aponta para que o Parlamento acolha favoravelmente as exigências desta emissora, já que todos os grupos, excepto a UPN, estão de acordo relativamente ao facto de o requerimento para encerrar as antenas de rádio se dever cingir a questões de âmbito técnico. Estão também de acordo quanto à necessidade de uma procura de solução para as licenças radiofónicas. Já em Fevereiro deste ano pediram que se retirassem as concessões à Radio Universidad (da Opus Dei) e Net 21, no caso de não corrigirem “os graves incumprimentos dos requisitos e das obrigações que assumiram”. Por tudo isto, solicitaram a presença do porta-voz do Governo, Alberto Catalán, para que dê explicações na Câmara esta terça-feira.
Por outro lado, os responsáveis da Euskalerria Irratia admitiram estar à procura de fórmulas para continuarem com as suas emissões, no caso de a sua antena acabar por ser encerrada. Leire Asporosa afirmou que, em qualquer dos casos, as opções que estão a ser consideradas permitirão manter a mesma frequência – 91.4 FM.
Aritz INTXUSTA
Fonte: Gara