Julio Villanueva, Gorka Ovejero e Ibon García foram presentes durante algum minutos ao juiz Santiago Pedraz, no tribunal de excepção espanhol, e recusaram-se a depor, em virtude de existir um processo a decorrer no Estado francês relacionado com os factos, segundo referiu o seu advogado, Gonzalo Boye.
Pedraz acusa os activistas do Mugitu! do crime de «atentado à autoridade», punível com penas que vão dos quatro aos seis anos de prisão e multa de seis a doze meses, na medida em que Yolanda Barcina se trata de um «membro do Conselho de Governo de uma Comunidade autónoma».
No caso de Gorka Ovejero, o juiz afirma que poderia existir uma agravante por ser vice-presidente da Câmara de Arruatzu. A magistrada do MP Blanca Rodríguez considera que no seu caso a pena poderá ir até aos nove anos de prisão.
O juiz decretou a sua comparência semanal em sede judicial, a proibição de sair do Estado espanhol e a entrega do passaporte.
À saída da AN espanhola, o advogado dos opositores ao TGV disse que os seus defendidos foram intimados a depor no Estado francês no âmbito de um processo em que são acusados de um «delito de violência voluntária e outro de danos materiais», puníveis com multa.
Com base num auto da Audiência Nacional espanhola de Junho de 2009, segundo o qual «tem precedência a jurisdição do local onde ocorrem os factos», Boye entende que os seus clientes deviam ser investigados no Estado francês.
«A acusação é desproporcionada, são acusados de um crime quando se trata de uma contravenção», disse o advogado antes de lembrar que a própria Barcina brincou dizendo que a agressão com tartes tinha sido «um doce começo para o seu mandato».
De mesma forma, fez saber que os seus clientes estudam a possibilidade de tomar «medidas legais» contra o Governo de Nafarroa, pois este fez afirmações que «deram a entender» que os seus clientes «faziam parte da esquerda abertzale e estariam ligados à ETA». «Nós entendemos que isso não só é falso como também injurioso», realçou.
Concentração
Uma representação do Mugitu! concentrou-se em frente ao tribunal especial em solidariedade com os imputados, exibindo faixas em que se podia ler «No hay tartas para tanto cara» e «La desobediencia civil no es delito. El delito es el TAV». / Notícia completa: Gara
Entrevista a Julio Villanueva na Info7 Irratia (Info7)