sábado, 19 de novembro de 2011

Queixas e polícias perseguem a Amaiur na sua campanha

Para a Amaiur, a campanha começou com a agressão policial ao candidato Joseba Compains e prosseguiu com furgonetas a serem interceptadas e revistas e o aumento dos controlos da Guarda Civil nas imediações dos comícios. Na quarta-feira, cercaram Agurain (Araba) e na quinta, Durango (Bizkaia). Para além disso, a Amaiur foi multada mais de cem vezes por colocar a sua marca em pontes ou nas ruas, fora dos espaços delimitados.

A Amaiur sente que está a ser alvo de acosso policial e que a sua propaganda de rua está a ser perseguida, segundo transmitiram fontes internas da coligação. A campanha arrancou com a agressão, em Iruñea, de uma patrulha da Polícia espanhola ao candidato ao Senado por Nafarroa Joseba Compains. Desde então, diversas furgonetas da Amaiur foram interceptadas e revistas em vários pontos de Euskal Herria.

Agurain e Durango
O mais recente e flagrante exemplo deste acosso policial, de acordo com fontes da coligação, foram os controlos instalados pela Guarda Civil em todos os acessos a Agurain antes, durante e depois do comício que a Amaiur ali realizou. Nesses controlos, impediram a passagem a pessoas que iam ao comício, retendo algumas delas durante mais de uma hora, segundo o Gara apurou. Também pararam e identificaram pessoas que saíam da localidade após a realização do acto. Em Durango, passou-se algo de semelhante na quinta-feira.

Há já algum tempo que a vigilância policial a pessoas que trabalham no Bildu e na Amaiur provenientes da esquerda abertzale se mostra constante e não dissimulada.

Para além disso, a coligação foi alvo de mais de 120 queixas na Junta Eleitoral por causa da colocação de plástico serigrafado com o logótipo da Amaiur fora dos espaços designados para a propaganda eleitoral. A coligação afirma que o PSOE tem efectuado um seguimento exaustivo da sua propaganda na Bizkaia, fotografando cartazes e faixas para que depois as fotografias sirvam de suporte às suas queixas. Também o PNV apresentou algumas. Muitos destes cartazes limitam-se a mostrar o logótipo da coligação, sem pedir o voto. Algumas queixas são mesmo anteriores ao início da campanha eleitoral.

A coligação considera que, com esta perseguição se pretende impedir que a Amaiur faça propaganda na rua, na sequência do tratamento restritivo de que a coligação tem sido alvo nos meios de comunicação audiovisuais com maior audiência.
Quando admitidas pela Junta Eleitoral, estas queixas traduzem-se em multas e sanções económicas.

Desgosto para Bono
O presidente do Congresso dos Deputados, José Bono, afirmou na quinta-feira que, caso a Amaiur alcance representação no Congresso dos Deputados após as eleições, «será un gran disgusto que estos asesinos puedan buscar cómplices que consigan un acta de diputado».

[Ver na sequência: «O EA acusa a EiTB de silenciar a Amaiur nos últimos debates] / Iñaki IRIONDO
Notícia completa: Gara

Igandean... eraiki zubia!

Gurea da!