Numa conferência de imprensa que ontem deram em frente ao Teatro Arriaga, em Bilbo, jovens representantes das diferentes sensibilidades políticas agrupadas na Amaiur pediram o voto para a coligação abertzale, que «irá defender o nome e a identidade do povo basco, para lá de políticos falsos e opressores, reivindicando sem descanso o direito dos cidadãos bascos a decidirem» o seu futuro.
Os representantes de Alternatiba e Aralar Gorka Lizaso e Leire Martínez afirmaram em nome dos presentes que a Amaiur irá «amplificar» o «grito» da juventude. Por isso, pediram à juventude que participe no comício nacional que hoje irá decorrer no Velódromo de Donostia.
Na sua opinião, é fundamental dar impulso ao «momento histórico» que se vive, pois «estamos às portas de conseguir a liberdade e a verdadeira democracia». «Estamos sempre a ouvir que chegou a hora das soluções e, embora estejamos a viver estes tempos com esperança, ainda temos muito que lutar», salientaram.
Depois de afirmarem que são alvo, a todos os níveis, de uma «dura repressão» tanto por parte do «sistema capitalista e patriarcal» como «do Estado», sublinharam que não vão aceitar retrocessos, tendo afirmado que, «depois dos passos que foram dados», agora cabe aos estados espanhol e francês «responder às reclamações da sociedade basca, pôr de parte o imobilismo e envolver-se no processo aberto».
«Encarceramentos, torturas, detenções, perseguições, ameaças, julgamentos... está na hora de acabarem com esta longa lista. São os estados que têm de passar dos parâmetros do confronto para os da resolução. Pela nossa parte, o compromisso com a resolução e um futuro livre e em paz é total», disseram.
Para além disso, defenderam a necessidade de «dar a volta» ao modelo capitalista imposto «por Madrid em Euskal Herria», para fazer frente à actual crise e garantir o futuro.
Euskara
Defenderam um sistema nacional público e euskaldun de Educação, tendo por base o currículo basco, e, depois de apontarem o dedo à precariedade, reclamaram «espaços próprios de decisão», bem como a oficialização do euskara em todo o território de Euskal Herria, «superando os actuais obstáculos e proibições».
«O instrumento para desenvolver tudo isto é a independência; o instrumento para pôr em marcha as nossas iniciativas próprias», salientaram. E acrescentaram que «no dia 20 de Novembro se ouvirá a juventude basca em Madrid». / Fonte: Gara
Ver também: «"Gazte oihuaren bozgorailu izango den alternatibari" bozka emateko deia luzatu dute Euskal Herriko gazteek» (Bilbo Branka)