Seis jovens de Debagoiena - cinco de Bergara e um de Arrasate - foram intimados a depor como imputados na Audiência Nacional espanhola. Tal como fizeram saber numa conferência de imprensa que teve lugar na terça-feira no Irizar jauregia, em Bergara (Gipuzkoa), são acusados de «enaltecimento do terrorismo» por fazerem a última edição da Korrika com fotos de presos, e, dessa forma, podem apanhar dois anos de cadeia.
Segundo afirmaram, foi a Ertzaintza que fez a queixa na AN, apresentando provas contra os jovens no tribunal de excepção de Madrid. «No dia 15 de Novembro o juiz Pablo Ruz fez avançar o processo e deu ordens à Ertzaintza para que fôssemos notificados». Então, no fim-de-semana passado dirigiram-se aos locais de residência dos pais dos jovens, dizendo-lhes que andavam à procura dos filhos. Com isso, conseguiram deixar os familiares com «medo, raiva e inquietação», disseram.
Depois, os jovens apontaram o dedo à Ertzaintza, ao Departamento do Interior de Lakua e à Audiência Nacional de Madrid, considerando-os os principais responsáveis por quererem levar as coisas para «o passado», por quererem manter a fotografia a preto e branco, nomeadamente através de «repressão, condenações e sofrimento».Realçaram o facto de em Euskal Herria se viverem novos tempos e afirmaram o desejo de respeito pelos direitos de todos os cidadãos bascos, «incluindo os dos presos políticos».
Múltiplas iniciativas de apoio
Para apoiar os jovens, estão a ser organizadas diversas iniciativas em Bergara: hoje, sábado; na segunda-feira, dia 28, na Câmara Municipal; na quarta-feira, dia 30 (dia da audiência), mobilizações e paragens em locais de trabalho e centros de ensino.
Fonte: Gara e topatu.infoVídeo: «Sei debagoiendar inputatuta Korrikan presoen argazkiak eramateagatik» (Goiena Komunikazio Taldea)
A sede da Etxerat em Gasteiz voltou a ser assaltada
Segundo o Gara conseguiu apurar, desconhecidos voltaram a assaltar a sede da Etxerat em Gasteiz. Segundo consta, roubaram os computadores, deram volta aos papéis e também levaram dinheiro.
A 4 de Agosto último, esta mesma sede foi alvo de um outro assalto, algo que a Etxerat enquadrou num contexto dominado pela «pressão e o acosso» político e mediático aos familiares dos presos políticos bascos que tinham estado presentes na varanda de San Miguel no início das festas de Gasteiz. O roubo ocorreu horas depois.
Nessa altura, os ladrões também levaram computadores e dinheiro. / Fonte: Gara
O advogado de Ventura Tomé recorre da extradição
«Ontem apresentamos um recurso de cassação», disse Paul Beakert, o advogado de Ventura Tomé, tendo precisado que o Tribunal de Cassação belga, máximo órgão jurisdicional, terá de se pronunciar sobre a extradição do natural de Tafalla num prazo máximo de quinze dias. O advogado disse ainda que Ventura Tomé irá continuar em regime de prisão preventiva até que o recurso resolvido.
De acordo com o Ministério Público belga, ainda não foi marcada uma data para a audiência no alto tribunal belga, embora fontes judiciais tenham adiantado que possa vir a ter lugar na semana que vem. / Notícia completa: Gara