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Fotos: Tortura eta inpunitatearen aurka (ateakireki)
A manifestação, que, para além das milhares de pessoas que nela participaram, já tinha contado com o apoio de numerosos agentes políticos e sociais, partiu depois das 17h30 dos cinemas Golem, em Iruñea.
Durante o percurso da manifestação, encabeçada por Ane Ituiño e Mikel Soto, do Torturaren Aurkako Taldea [Grupo contra a Tortura] e por familiares de Igor Portu, Mattin Sarasola e Mikel Zabalza – jovem detido faz hoje 26 anos pela Guarda Civil, e que apareceu «afogado» em estranhas circunstâncias depois de estar «desaparecido» várias semanas –, os participantes fizeram ouvir palavras de ordem contra a tortura e a favor do repatriamento dos presos políticos bascos, entre outras.
«Sabemos perfeitamente o que lhes fizeram»
Quando chegaram ao Passeio Sarasate, Soto e Ituiño afirmaram, em euskara e castelhano, respectivamente: «em Euskal Herria sabemos perfeitamente aquilo que fizeram a Igor [Portu] e a Mattin [Sarasola]». Assim, referiram que a sentença absolutória do ST «é o que é: um estranho artefacto construído única e exclusivamente para negar a evidência, para negar a tortura».Em seu entender, «o que é realmente grave é que, com ela, se volta a passar uma mensagem de total impunidade» a quem pratica a tortura, «e isso não contribui propriamente para sua erradicação, bem pelo contrário».
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«Vamos acabar com a impunidade – afirmaram – para que a história não se volte a repetir, para encerrar de uma vez por todas este tremendo capítulo na história deste país».
Também encorajaram as pessoas a estarem presentes na homenagem que hoje terá lugar em Orbaizeta, para lembrar Zabalza.
Convocatória
A mobilização foi convocada no dia 19 deste mês, depois de ser conhecida a decisão do Supremo Tribunal, que absolvia os quatro guardas civis acusados de ter torturado os presos políticos bascos Igor Portu e Mattin Sarasola.
«Julgamos que o recurso à tortura ocorre por decisão política e que a natureza desta sentença é totalmente política, e estamos convencidos e convencidas de que o desaparecimento da tortura também será uma decisão política», afirmaram as representantes do TAT Ane Ituiño e Lorea Bilbao quando, acompanhadas por diversos agentes sociais e políticos e familiares de presos, convocaram a manifestação de hoje, com o objectivo de reclamar o fim da tortura e da impunidade de quem a pratica. / Fonte: Gara
Ver também: «Gehiago torturatu ez dadin, neurriak exijitu dituzte milaka lagunek» (Berria)
Vítimas da violência estatal defendem uma «verdade completa» e uma solução democrática
Uma ampla representação de pessoas que morreram na sequência da violência exercida por diversos agentes estatais compareceu em Bilbo para dar a conhecer a sua determinação na defesa de uma «verdade completa» neste novo tempo, no qual reclamam uma «solução democrática». / Mais info: Gara
Fonte: SareAntifaxista
«Trabajemos hoy por el reconocimiento y la verdad»
O documento ontem apresentado em Bilbo à opinião pública por este grupo de vítimas da violência estatal, lido por Carmen Galdeano e Idoia Muruaga, consta de cinco pontos e foi redigido em euskara e castelhano. Aqui se apresenta o seu conteúdo na íntegra nesta última língua.