Depois de 500 anos de conquista e invasão, queremos ser homens e mulheres livres», proclamaram no acto que pôs um ponto final à marcha nacional que ontem se realizou em Iruñea, para assinalar o quinto centenário da conquista castelhano-aragonesa de Nafarroa.
A marcha nacional de ontem foi uma das mobilizações mais participadas nos últimos tempos na capital navarra. Cerca de 20 000 pessoas - a Polícia Municipal apontou para 15 000 - percorreram as ruas do centro de Iruñea para recordar que há 500 anos um reino independente foi conquistado pelas armas.

Abasolo sublinhou: «este ano não temos nada para celebrar, porque as conquistas não se celebram, na medida em que são um acto violento que nada têm a ver com a livre adesão que nos querem vender aqueles que fazem uma leitura interessada. Aquilo que estamos a festejar é o facto de, 500 anos depois, aqui existir um povo que continua vivo».

«Andam há séculos a tentar impor-nos uma Navarra subjugada, escura e triste», acrescentou, salientando que os mandatários da Nafarroa de hoje, «500 anos depois da conquista, fazem 500 quilómetros para mendigar como servos».

O porta-voz da Nafarroa Bizirik explicou que esta plataforma trabalha há quatro anos graças ao apoio de inúmeras pessoas. «Somos um movimento popular - disse - que teve de fazer frente à irresponsabilidade das instituições, que se empenharam em justificar o inexplicável».
Deste modo, referiu que se conjugaram debates historiográficos com os que se referem à natureza das relações que Euskal Herria deve ter com os estados espanhol e francês. / Fonte: naiz.info

Ainda: «Nafarroa e os povos do mundo marcham em Iruñea e reclamam a independência» (askapena.org)
Na coluna internacionalista viram-se nomes e bandeiras das nações que conseguiram a independência do império espanhol. Povos originários e nações sem estado também se juntaram à reivindicação que teve lugar na capital histórica de Euskal Herria.