sábado, 16 de junho de 2012

O EPPK apresenta uma direcção composta por 20 prisioneiros

Prossegue assim o seu processo de estruturação na sequência do debate interno. Aos seis interlocutores, juntam-se mais catorze representantes presos. O Colectivo de Presos Políticos Bascos reafirma a sua disposição para dar passos em função das condições que vierem a ser criadas, e insiste na necessidade de acabar com as medidas de excepção.

Já antes tinha havido notícias do debate interno levado a cabo pelo Euskal Preso Politikoen Kolektiboa (EPPK), como a declaração apresentada em Gernika há duas semanas e, antes disso, a nomeação de uma equipa de interlocução formada por seis encarcerados. Agora, deu a conhecer também uma representação composta por catorze presos, que, juntamente com os seis anteriormente referidos, irão formar a direcção do EPPK, segundo explica a nota que chegou ao Gara.

Nesta direcção aparecem membros do Colectivo encarcerados nos dois estados, em igual número. A maior parte deles é bastante conhecida. Alguns estão na prisão há muitos anos, como Antton López Ruiz, e outros foram lá parar nos últimos anos. Aparecem condenados pela militância na ETA e pessoas encarceradas por actividades exclusivamente políticas, como Ana Lizarralde. Outros, como Jon Salaberria e Unai Fano, levaram a cabo um trabalho político público e conhecido antes de irem parar à prisão. Estão quase todos encarcerados a mil quilómetros de distância, em Puerto, Algeciras, Rennes ou Fleury.

Na nota que o Colectivo torna pública, sublinha que, com a declaração de Gernika, se situou politicamente no panorama geral, e salienta a sua disposição para «dar passos e tomar novas iniciativas no futuro, na perspectiva de novas condições».

Neste ponto, reafirma a necessidade de levantar as medidas de excepção, dando início, por exemplo, ao repatriamento dos presos políticos bascos. «Não há dúvida de que estes passos, que são imprescindíveis, hão-de acarretar as novas condições políticas para levar a cabo os novos passos e iniciativas citados», confirma o EPPK.

Aborda ainda de forma sintética as reacções à declaração resultante do debate interno. Considera compreensíveis as críticas daqueles que «não têm outro propósito senão destruir os presos bascos», e chama a atenção para a acusação de «vitimismo» que lhe foi dirigida pelo PNV. «A sua direcção devia ter em conta que tem responsabilidades directas na criminosa política prisional. O seu servilismo económico, político e ideológico apenas conduz ao desastre espanhol», acrescenta. / Fonte: Gara / Ver também: Berria



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Iñaki Antigüedad (na altura deputado da Amaiur, eleito pela Bizkaia; depois teve de abandonar o cargo por uma questão de incompatibilidade) pede o fim da criminosa política de DISPERSÃO dos PRESOS POLÍTICOS BASCOS, implementada pelo Reino de Espanha há mais de duas décadas.