Numa conferência de imprensa que decorreu em Donostia, a secretária-geral do LAB afirmou que o resgate europeu do sistema bancário espanhol (sic) é uma «fraude política» que «nos afasta da solução» para a presente crise económica.
Etxaide acusou os responsáveis do Governo espanhol de «mentir», pois apresentaram esta intervenção como «um triunfo» quando ela representa o «fracasso» das medidas tomadas nos últimos três anos em Madrid para tentar evitar esta situação.
Na sua opinião, é uma «fraude desviar dinheiro da economia real para o sistema financeiro», que o utiliza «para continuar a especular».
Etxaide considerou que nesta altura ter um banco na Europa é «uma pechincha», pois estão-se a «socializar» as perdas do sistema financeiro fazendo pagar aos trabalhadores e aos cidadãos «esse buraco».
Etxaide, que esteve acompanhada por Oihan Ostolaza, secretário da Política de Emprego, prevê que venham a ocorrer novos cortes, que «irão aprofundar o desemprego, a exclusão social e a pobreza», considerando também que «não haverá solução para a crise a longo prazo», porque a economia irá ficar «totalmente debilitada» e a sociedade será condenada à «precariedade e ao desemprego».
Face a esta situação, defendeu que «se procure uma solução própria e democrática para a crise em Euskal Herria», na medida em que seguir as medidas tomadas no Estado espanhol «nos irá asfixiar».
Pediu também que seja «dada a palavra à sociedade basca, na medida em que estão a ser tomadas decisões contra a sua vontade e os seus direitos». Etxaide referiu que os cidadãos bascos se deveriam poder pronunciar numa consulta popular sobre a aplicação deste resgate. / Notícia completa: naiz.info
Ver ainda: «A Amaiur pede a Rajoy que explique «a letra pequena» do resgate» (naiz.info)
A Amaiur pediu ao chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, que «explique de imediato quais são as condições impostas pela Europa» e «a letra pequena do crédito de 100 000 milhões» que vai receber. Para a coligação independentista «a banca não precisa de ser resgatada, mas, tal como aconteceu na Islândia, investigada, processada e julgada».