Na sexta-feira, ao meio-dia, mais de 200 pessoas concentraram-se frente à empresa Esnelat, em Urnieta (Gipuzkoa), para condenar o sinistro laboral que conduziu à morte de um colega. Em Bilbo, a maioria dos sindicatos bascos promoveu uma concentração para denunciar os três acidentes de trabalho ocorridos esta semana no País Basco, dois deles mortais.
Na terça-feira, um trabalhador de 38 anos faleceu em Erandio (Bizkaia) ao ser apanhado por uma máquina elevadora, quando efectuava trabalhos de reparação no supermercado Lidl. Na quinta-feira, um trabalhador de 41 anos teve uma perna amputada na sequência de um grave acidente na empresa Zorelor, em Gasteiz. No mesmo dia, um trabalhador de 25 anos ficou gravemente ferido, depois de cair de uma altura de seis a oito metros na empresa Esnelat, em Urnieta, vindo a falecer no dia seguinte no Hospital Donostia.
Em Urnieta, a concentração, a que presidiu uma faixa com o lema «Prekarietateak hiltzailea» [precariedade assassina], reuniu a maioria dos funcionários da empresa, bem como familiares do falecido e operários de outras empresas localizadas na zona industrial de Erratzu.
Haritz Aiestaran, representante do LAB na Esnelat - os outros sindicatos com filiados são o ELA e as CCOO -, criticou a administração da empresa e afirmou que «isto não foi um acaso, pois já há algum tempo que temiam que algo de grave pudesse acontecer». Acrescentou que a Esnelat possui «uma taxa muito alta de precariedade» e «carências» em cursos de formação e protocolos de segurança.
Aiestaran disse que o trabalhador sinistrado estava há dois anos na empresa com contratos temporários. «Jovem, temporário e sem muita experiência são as chaves da precariedade laboral» que propiciaram o sinistro, defendeu.
Concentração em Bilbo
Por seu lado, os sindicatos ELA, LAB, ESK, Steilas, Hiru y EHNE concentraram-se na capital biscainha para denunciar os três acidentes laborais. Frente à Inspecção doTrabalho, Ibon Zubiela, responsável do LAB pela Saúde no Trabalho, responsabilizou o patronato pela sinistralidade, mas criticando também a atitude das diversas administrações públicas, que «não cumprem as suas funções». Leire Heredia, responsável do ELA pela área de Saúde no Trabalho, qualificou a situação como «inadmissível», acrescentando que «a precariedade e as subcontratações» estão na base do incremento dos acidentes. / Ver: naiz e Berria
domingo, 3 de julho de 2016
Protestos contra a precariedade após três graves acidentes de trabalho esta semana em EH
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