A operação policial levada a cabo ontem por ordem do juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska tinha por objectivo arremeter contra a «solidariedade» e a «defesa» dos direitos dos presos políticos bascos, na opinião do Movimento pró-Amnistia.
Numa nota enviada aos meios de comunicação depois de confirmadas as identidades dos detidos, realçaram o facto de que, entre as dez pessoas detidas, se encontram vários ex-presos políticos bascos, advogados que os defendem e familiares dos prisioneiros.
O Movimento pró-Amnistia também manifestou a sua solidariedade aos detidos e a sua preocupação relativamente à forma como possam ser tratados na esquadra, tendo em conta que, nas últimas operações policiais ordenadas por Grande-Marlaska e levadas a cabo pela Guarda Civil, os testemunhos de tortura foram «graves».
O organismo anti-repressivo relacionou a operação policial com a situação política e afirmou que, enquanto em Euskal Herria se estão a dar «passos» para iniciar um «processo democrático», o Governo espanhol responde com a «repressão». Na sua opinião, «é óbvio que o Estado leu bem os movimentos políticos que se estão a dar em Euskal Herria. Pretendem evitar uma solução política e por isso recorrem à repressão política». Neste sentido, salientaram que «as ruas são o lugar para responder à repressão».
A esquerda abertzale de Donostia também aludiu ao contexto político actual no comunicado que enviou aos órgãos de comunicação, tendo afirmado que o Estado espanhol voltou a «atacar», através das detenções de dez cidadãos bascos, a «vontade» manifestada pela esquerda abertzale de impulsionar um «processo democrático».
Segundo referiram, é necessário articular um «muro popular amplo e plural» para fazer frente às violações de direitos por parte do Estado. Citaram como exemplo o que se passou com a absolvição dos cinco directivos do Euskaldunon Egunkaria, já que, em seu entender, mostra que é possível responder aos «ataques» mediante a pressão popular e gerar «custos políticos».
O LAB também criticou a operação policial, recordando que dois dos detidos foram delegados do sindicato abertzale. Trata-se de Juan Mari Jauregi, delegado sindical durante anos e actualmente membro da área de pensionistas, e José Luis Gallastegi, responsável nacional da pesca. O LAB afirmou que o objectivo da operação policial é acabar com o «apoio» e o «trabalho» a favor dos presos. «Encontramo-nos perante um novo ataque contra Euskal Herria e os cidadãos bascos; mais uma vez, querem silenciar as reivindicações a favor de uma solução democrática com a criminalização».
Criticou ainda o facto de Gallastegi ter sido detido na sede do sindicato em Gernika sem apresentarem qualquer mandado, e manifestou preocupação pela forma como os detidos possam ser tratados durante o período de incomunicação.
Por seu lado, o Aralar limitou-se a pedir numa breve nota que seja respeitada a presunção de inocência dos detidos, reivindicando a necessidade de alcançar a paz para «acabar com o sofrimento».
Notícia completa: Gara
Ver também: «A vingança de Rubalcaba: mais uma montagem como a do Egunkaria com os advogados dos presos políticos bascos», boltxe.info
Numa nota enviada aos meios de comunicação depois de confirmadas as identidades dos detidos, realçaram o facto de que, entre as dez pessoas detidas, se encontram vários ex-presos políticos bascos, advogados que os defendem e familiares dos prisioneiros.
O Movimento pró-Amnistia também manifestou a sua solidariedade aos detidos e a sua preocupação relativamente à forma como possam ser tratados na esquadra, tendo em conta que, nas últimas operações policiais ordenadas por Grande-Marlaska e levadas a cabo pela Guarda Civil, os testemunhos de tortura foram «graves».
O organismo anti-repressivo relacionou a operação policial com a situação política e afirmou que, enquanto em Euskal Herria se estão a dar «passos» para iniciar um «processo democrático», o Governo espanhol responde com a «repressão». Na sua opinião, «é óbvio que o Estado leu bem os movimentos políticos que se estão a dar em Euskal Herria. Pretendem evitar uma solução política e por isso recorrem à repressão política». Neste sentido, salientaram que «as ruas são o lugar para responder à repressão».
A esquerda abertzale de Donostia também aludiu ao contexto político actual no comunicado que enviou aos órgãos de comunicação, tendo afirmado que o Estado espanhol voltou a «atacar», através das detenções de dez cidadãos bascos, a «vontade» manifestada pela esquerda abertzale de impulsionar um «processo democrático».
Segundo referiram, é necessário articular um «muro popular amplo e plural» para fazer frente às violações de direitos por parte do Estado. Citaram como exemplo o que se passou com a absolvição dos cinco directivos do Euskaldunon Egunkaria, já que, em seu entender, mostra que é possível responder aos «ataques» mediante a pressão popular e gerar «custos políticos».
O LAB também criticou a operação policial, recordando que dois dos detidos foram delegados do sindicato abertzale. Trata-se de Juan Mari Jauregi, delegado sindical durante anos e actualmente membro da área de pensionistas, e José Luis Gallastegi, responsável nacional da pesca. O LAB afirmou que o objectivo da operação policial é acabar com o «apoio» e o «trabalho» a favor dos presos. «Encontramo-nos perante um novo ataque contra Euskal Herria e os cidadãos bascos; mais uma vez, querem silenciar as reivindicações a favor de uma solução democrática com a criminalização».
Criticou ainda o facto de Gallastegi ter sido detido na sede do sindicato em Gernika sem apresentarem qualquer mandado, e manifestou preocupação pela forma como os detidos possam ser tratados durante o período de incomunicação.
Por seu lado, o Aralar limitou-se a pedir numa breve nota que seja respeitada a presunção de inocência dos detidos, reivindicando a necessidade de alcançar a paz para «acabar com o sofrimento».
Notícia completa: Gara
Ver também: «A vingança de Rubalcaba: mais uma montagem como a do Egunkaria com os advogados dos presos políticos bascos», boltxe.info
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Adenda
Erramun Landa e Saioa Agirre foram hospitalizados de madrugada
Erramun Landa e Saioa Agirre foram levados esta madrugada para as Urgências do Hospital de Basurto, segundo o Gara conseguiu apurar. Ambos permanecem incomunicáveis, da mesma forma que as restantes oito pessoas ontem detidas pela Guarda Civil. O Decanato da Faculdade de Belas Artes da EHU/UPV manifestou a sua preocupação «pelo risco físico» que Erramun Landa corre, em virtude do seu estado de saúde. Estão convocadas para hoje à tarde diversas mobilizações de protesto contra as detenções.
Notícia completa: Gara
A advogada Ziluaga denuncia as fugas de informação quando o processo se encontra em segredo de justiça
EA: «Pretende-se torpedear uma tentativa de solução para o conflito»
Ortuzar diz que é preciso ter «muita cautela» quando há advogados entre os detidos
Editorial do Gara: «Novas operações policiais, os mesmos argumentos»
«O Plan Zen também abordava a forma de influir psicologicamente no estado de ânimo do país», de Gari MUJIKA
"Horas antes de serem detidos, Enparantza e Sarriegi tinham instado os governos do PSOE e da UMP a relegar para o passado as estratégias repressivas. Ontem, deram-lhes a resposta, e com mais do mesmo."
Ainda e NB: «Rubalcaba lança graves acusações contra os detidos, quando estes permanecem incomunicáveis e o processo sob segredo de justiça»
"O ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, lançou graves acusações contra os dez cidadãos bascos detidos ontem pela Guarda Civil, apesar de ainda se encontrarem incomunicáveis e o processo em segredo de justiça."
Erramun Landa e Saioa Agirre foram hospitalizados de madrugada
Erramun Landa e Saioa Agirre foram levados esta madrugada para as Urgências do Hospital de Basurto, segundo o Gara conseguiu apurar. Ambos permanecem incomunicáveis, da mesma forma que as restantes oito pessoas ontem detidas pela Guarda Civil. O Decanato da Faculdade de Belas Artes da EHU/UPV manifestou a sua preocupação «pelo risco físico» que Erramun Landa corre, em virtude do seu estado de saúde. Estão convocadas para hoje à tarde diversas mobilizações de protesto contra as detenções.
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A advogada Ziluaga denuncia as fugas de informação quando o processo se encontra em segredo de justiça
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Editorial do Gara: «Novas operações policiais, os mesmos argumentos»
«O Plan Zen também abordava a forma de influir psicologicamente no estado de ânimo do país», de Gari MUJIKA
"Horas antes de serem detidos, Enparantza e Sarriegi tinham instado os governos do PSOE e da UMP a relegar para o passado as estratégias repressivas. Ontem, deram-lhes a resposta, e com mais do mesmo."
Ainda e NB: «Rubalcaba lança graves acusações contra os detidos, quando estes permanecem incomunicáveis e o processo sob segredo de justiça»
"O ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, lançou graves acusações contra os dez cidadãos bascos detidos ontem pela Guarda Civil, apesar de ainda se encontrarem incomunicáveis e o processo em segredo de justiça."