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Milhares de pessoas secundaram ambas as marchas, sendo que a de Bilbau decorreu debaixo de chuva contínua. Estiveram presentes representantes da esquerda abertzale e do Eusko Alkartasuna (EA), além de diversos colectivos sociais.
«Errepresioa ez da bidea» [a repressão não é o caminho], «atxilotuak askatu» [liberdade para os detidos], «hemen torturatzen da» [aqui tortura-se] ou «Rubalcaba mentiroso» forma algumas das palavras de ordem que os manifestantes fizeram ouvir.
Nos actos políticos que se realizaram no final das duas manifestações, representantes do Movimento pró-Amnistia afirmaram que «a guerra suja continua vigente no ano de 2010» em Euskal Herria e que, «em quatro meses, já vamos com 21 denúncias de tortura».
«Vivemos num Estado policial, com operações policiais semanais e estradas ocupadas por controlos», criticaram.
Consideraram que o desafio para os próximos meses será «desactivar a estratégia repressiva», que procura «impedir a consolidação de um verdadeiro processo democrático neste povo».
«A repressão política tem por objectivo neutralizar o processo político que está a germinar em Euskal Herria», denunciaram, tendo por isso salientado que «o compromisso e a unidade de todos será fundamental para fazer frente a esta estratégia de guerra».
Os oradores garantiram que «cada ataque à solidariedade, cada ataque repressivo, terá como resposta mais solidariedade e maior iniciativa política».
Os dez cidadãos bascos que foram detidos na quarta-feira em Gipuzkoa e na Bizkaia cumpriram hoje o seu quarto dia em situação de incomunicação, enquanto David Pla, detido em Hendaia, está há dois dias no mesmo regime.
Fonte: Gara
Ver também:
Editorial do Gara: «120 horas que só a vingança explica»
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Reportagens fotográficas (Bilbau): Bilboko Branka e Kaleko Begiak