quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sugestão de leituras

«Final da liberdade de pensamento», de Antonio ALVAREZ-SOLÍS
"Alvarez-Solís aborda as pretensões do Governo de Lakua para definir e limitar a orientação da linha editorial da Euskal Irrati Telebista, naquilo que considera um verdadeiro acto de «clausura da liberdade de expressão». A sua crítica atinge também a iniciativa do próprio López para fazer chegar às escolas unicamente a voz de uma parte das vítimas da violência, o que, entende, «de forma alguma constituirá uma madura docência em torno da violência e da sua necessária superação humana e social»."

«Justiça? Que justiça?», de Koldo ALDUNTZIN, Jon ALTUNA, Mertxe AIZPURUA, ex-trabalhadores do diário Egin; subscrevem este artigo os também ex-trabalhadores do diário Egin Martin Garitano, Martin Anso, Idoia Arozena, Joxerra Bustillo, Martxelo Diaz, Carlos Dronda, Amaia Ereñaga, Javier Etayo, Iñaki Iriondo, Natxo Matxin, Sabino Ormazabal, Pablo Ruiz de Aretxabaleta, Ramón Sola, Jose Mari Uribarri, Iñaki Vigor e Teresa Zarco

"É reconfortante que, por uma vez, compatriotas acusados de pertencer à ETA e de cometer crimes graves, tenham ficado em liberdade após a audiência oral do julgamento. É verdade que, no «caso Egunkaria», ainda pode haver recurso no Supremo Tribunal, mas a contundência da sentença leva a pensar que Torrealdai, Uria, Otamendi, Oleaga e Auzmendi se livraram da prisão de forma definitiva. Conhecemos os agora absolvidos e sabemos da sua exemplar trajectória profissional e humana, de forma que não podemos pensar que a sentença os deixou limpos, pela simples razão de que, para nós, jamais estiveram sujos. A alegria gerada pela absolvição não pode esconder, contudo, aquilo que foi sofrido em todos estes anos, e, naturalmente, os danos irreparáveis infligidos a um projecto estratégico para a cultura basca, como foi o Euskaldunon Egunkaria.
[…]
Nós, signatários deste texto, sentimos na própria pele o fechamento do Egin e da Egin Irratia, há já quase 12 anos. Os processos movidos contra o Egunkaria e o Egin partilharam muitas vezes argumentos, esquemas e até provas, porque, na verdade, alguns documentos serviram para incriminar tanto um como o outro; que importância tinha... Também a sentença do sumário 18/98 se referiu a irregularidades processuais no encerramento do periódico de Hernani. No entanto, naquela ocasião a Audiência Nacional não absolveu os arguidos, e jornalistas como Jabier Salutregi e Teresa Toda e responsáveis da empresa como José Luis Elkoro, Patxo Murga, Pablo Gorostiaga, Xabier Alegria, Josean Etxeberria, Manu Intxauspe, Jesusmari Zalakain, Carlos Trenor e Isidro Murga cumprem longas penas de prisão longe de Euskal Herria. Onde reside a diferença acusatória? Alguém consegue acreditar que todos eles eram na realidade militantes da ETA? A chave está, porventura, nas diferentes linhas editoriais de um e outro periódico, uma das quais é punida e a outra «premiada»?

«Garzón, não em nosso nome», de Gabriel MARTÍNEZ MORENO, neto de fuzilados de Sartaguda (Nafarroa) e membro da Asociación de Familiares de Asesinados de Navarra (AFAN)
"O descobrir e divulgar aquelas violações dos direitos humanos e a exigência de responsabilidades não pode ser feita a qualquer preço."