Tendo em vista a sentença absolutória do caso do Egunkaria e a proximidade do julgamento contra a Udalbiltza, os arguidos neste processo compareceram no sábado em Donostia para denunciar «a injustiça que representa julgar e condenar a Udalbiltza». Em alusão à última operação da Guarda Civil, criticaram ainda a «pretensão de criminalizar a solidariedade e defesa dos presos».
No dia 29 de Abril passam sete anos desde que a Audiência Nacional espanhola ordenou a operação contra a Udalbiltza, na qual treze pessoas foram encarceradas, foram fechadas as suas sedes e confiscados 400 000 euros doados por particulares para apoiar projectos de desenvolvimento em Zuberoa. Em seu nome, Miren Odriozola e Lander Etxebarria, referiram que em aspectos concretos o «caso Egunkaria» e o da instituição nacional «podem ser interpretados de forma mimética ou análoga».
«A acusação não tem fundamentação»
Assim, afirmaram que na sentença decretada para o caso do diário encerrado observam «uma série de pontos interessantes e positivos». Entre outros, sublinham o facto de considerar inconstitucional o fechamento de um meio de comunicação, além da «credibilidade dada às denúncias de tortura» e o destaque dado à falta de provas acusatórias.
Referiram que, tal como aconteceu com o Egunkaria, também no seu processo «primeiro se decidiu qual ia ser a conclusão e depois é que se procuram os sinais, vestígios ou indícios; por último, refuta-se qualquer sentido ou explicação que não apoie a conclusão». Este parágrafo é literalmente retirado da sentença conhecida na segunda-feira.
Neste sentido, Odriozola e Etxebarria recordaram que na instrução acusatória «não há qualquer actividade delitiva». Essas actividades «fazem referência a projectos que são fomentados e apoiados noutros municípios e instâncias administrativas». Quanto à acusação de pertença à ETA, também vêem um paralelismo total: «Dizer que a Udalbitza era um projecto controlado pela ETA é outra falácia, uma falácia interessada que busca criminalizar milhares de cargos institucionais», afirmaram.
Dada a proximidade do julgamento, ainda sem data marcada, afirmaram também que necessitam «do apoio e da força da sociedade para deixar para trás as agressões propiciadas na era Aznar».
Janire ARRONDO
Fonte: Gara
No dia 29 de Abril passam sete anos desde que a Audiência Nacional espanhola ordenou a operação contra a Udalbiltza, na qual treze pessoas foram encarceradas, foram fechadas as suas sedes e confiscados 400 000 euros doados por particulares para apoiar projectos de desenvolvimento em Zuberoa. Em seu nome, Miren Odriozola e Lander Etxebarria, referiram que em aspectos concretos o «caso Egunkaria» e o da instituição nacional «podem ser interpretados de forma mimética ou análoga».
«A acusação não tem fundamentação»
Assim, afirmaram que na sentença decretada para o caso do diário encerrado observam «uma série de pontos interessantes e positivos». Entre outros, sublinham o facto de considerar inconstitucional o fechamento de um meio de comunicação, além da «credibilidade dada às denúncias de tortura» e o destaque dado à falta de provas acusatórias.
Referiram que, tal como aconteceu com o Egunkaria, também no seu processo «primeiro se decidiu qual ia ser a conclusão e depois é que se procuram os sinais, vestígios ou indícios; por último, refuta-se qualquer sentido ou explicação que não apoie a conclusão». Este parágrafo é literalmente retirado da sentença conhecida na segunda-feira.
Neste sentido, Odriozola e Etxebarria recordaram que na instrução acusatória «não há qualquer actividade delitiva». Essas actividades «fazem referência a projectos que são fomentados e apoiados noutros municípios e instâncias administrativas». Quanto à acusação de pertença à ETA, também vêem um paralelismo total: «Dizer que a Udalbitza era um projecto controlado pela ETA é outra falácia, uma falácia interessada que busca criminalizar milhares de cargos institucionais», afirmaram.
Dada a proximidade do julgamento, ainda sem data marcada, afirmaram também que necessitam «do apoio e da força da sociedade para deixar para trás as agressões propiciadas na era Aznar».
Janire ARRONDO
Fonte: Gara