Martxelo OTAMENDI, ex-director do Egunkaria, recentemente absolvido, entrevistado por Ramon SOLA
Não há tréguas para ele desde que há sete anos a Guarda Civil lhe apontou uma arma. A sentença absolutória não é um ponto final. Tem de continuar a lutar pela exculpação final. Conseguir que a tortura seja reconhecida. Saber quem deu «o OK político». Divulgar o caso. Agradecer. Continuar a dinamizar a imprensa em euskara. E ver cumprido o desejo de que esta sentença não seja uma simples tentativa de reconstruir a «linha Maginot» quebrada em 2003 com uma operação policial inesperada, mas sim um ponto de inflexão real.
Num canto do gabinete de Martxelo Otamendi há um objecto que tem omnipresente, e a que não deixa de fazer referência durante a entrevista: é uma fotografia do Kontxa Pasealekua a rebentar pelas costuras em protesto contra o encerramento do Egunkaria. Era gente comovida com uma operação policial que ninguém esperava, apesar do encadeamento de ataques similares. E menos ainda o seu director, que naquela noite de Fevereiro, regressando de um debate em Azpeitia, fez o caminho até casa, em Tolosa, «entre dois carros da Polícia que me ensanduicharam. Mas nem assim me passou pela cabeça que me iam deter. Nem sequer liguei a ninguém, pensei que o iria contar no dia seguinte». Começava um pesadelo de que despertou na segunda-feira passada com uma sentença absolutória, embora o final ainda não esteja escrito.
VER: Gara
Não há tréguas para ele desde que há sete anos a Guarda Civil lhe apontou uma arma. A sentença absolutória não é um ponto final. Tem de continuar a lutar pela exculpação final. Conseguir que a tortura seja reconhecida. Saber quem deu «o OK político». Divulgar o caso. Agradecer. Continuar a dinamizar a imprensa em euskara. E ver cumprido o desejo de que esta sentença não seja uma simples tentativa de reconstruir a «linha Maginot» quebrada em 2003 com uma operação policial inesperada, mas sim um ponto de inflexão real.
Num canto do gabinete de Martxelo Otamendi há um objecto que tem omnipresente, e a que não deixa de fazer referência durante a entrevista: é uma fotografia do Kontxa Pasealekua a rebentar pelas costuras em protesto contra o encerramento do Egunkaria. Era gente comovida com uma operação policial que ninguém esperava, apesar do encadeamento de ataques similares. E menos ainda o seu director, que naquela noite de Fevereiro, regressando de um debate em Azpeitia, fez o caminho até casa, em Tolosa, «entre dois carros da Polícia que me ensanduicharam. Mas nem assim me passou pela cabeça que me iam deter. Nem sequer liguei a ninguém, pensei que o iria contar no dia seguinte». Começava um pesadelo de que despertou na segunda-feira passada com uma sentença absolutória, embora o final ainda não esteja escrito.
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