A Procuradoria da Audiência Nacional espanhola recorreu da libertação sob fiança de 30 000 euros de Rafa Díez, que abandonou a prisão na segunda-feira com estritas limitações para exercer a actividade política.
O magistrado Vicente Mota apresentou ontem um recurso de apelação face à libertação de Rafa Díez, decretada pelo do juiz Baltasar Garzón na segunda-feira passada, sob fiança de 30 000 euros e com enormes restrições para participar na vida política.
Mota esgrime que a circunstância humanitária alegada pelo ex-secretário-geral do LAB para reclamar a libertação - cuidar de um familiar directo - «foi criada artificialmente com o fim de escapar a uma medida cautelar necessária», e que as razões pelas quais foi encarcerado persistem.
O magistrado defende que «por razões de igualdade processual» com os restantes imputados na causa «não devem ser suavizadas sem justificação suficiente» as medidas cautelares impostas a Rafa Díez.
«Está cá fora com os seus direitos limitados de forma injusta»
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, lembrou que Díez, «tal como tantos outros militantes da esquerda abertzale, foi encarcerado por uma decisão política», e que a sua libertação se verificou «com os seus direitos limitados de forma injusta».
«Não parece que as condições em que saiu, com os seus direitos civis e políticos restringidos, sejam condições que nos possam deixar dizer que está em Euskal Herria em liberdade», afirmou em Iruñea.
Etxaide denunciou «o objectivo político de limitar a contribuição de militantes como Rafa Díez, com tudo aquilo que sabem e podem fazer para resolver os problemas que este país tem».
O ex-secretário-geral do sindicato abertzale foi preso a 13 de Outubro último na sede do LAB de Donostia, em Igara, juntamente com Arnaldo Otegi, Rufi Etxeberria, Sonia Jacinto e Arkaitz Rodríguez, numa operação ordenada pelo juiz Baltasar Garzón na qual também detidos Txelui Moreno, Amaia Esnal, Miren Zabaleta, Mañel Serra e Ainara Oiz.
Três dias depois o juiz Garzón deu ordem de prisão a Díez, Otegi, Zabaleta, Jacinto e Rodríguez, por tomarem iniciativas políticas ou sindicais a favor da solução para o conflito e da união de forças soberanistas.
Fonte: Gara
Na direcção oposta, apoio à Declaração de Bruxelas
Na sequência da iniciativa da esquerda abertzale: «50 novas assinaturas reflectem o apoio social à Declaração de Bruxelas», de Janire ARRONDO
"Pessoas conhecidas em diversas áreas, entre as quais jornalistas, escultores, juízes, escritores e empresários, manifestaram a sua adesão à Declaração de Bruxelas, subscrita por 20 líderes internacionais. A iniciativa partiu da Lokarri. Aitziber Blanco, membro do colectivo, salientou na apresentação que estes signatários desejam «que se concretize a oportunidade criada para alcançar a paz» e que «não querem ver frustrada uma nova oportunidade»."
O magistrado Vicente Mota apresentou ontem um recurso de apelação face à libertação de Rafa Díez, decretada pelo do juiz Baltasar Garzón na segunda-feira passada, sob fiança de 30 000 euros e com enormes restrições para participar na vida política.
Mota esgrime que a circunstância humanitária alegada pelo ex-secretário-geral do LAB para reclamar a libertação - cuidar de um familiar directo - «foi criada artificialmente com o fim de escapar a uma medida cautelar necessária», e que as razões pelas quais foi encarcerado persistem.
O magistrado defende que «por razões de igualdade processual» com os restantes imputados na causa «não devem ser suavizadas sem justificação suficiente» as medidas cautelares impostas a Rafa Díez.
«Está cá fora com os seus direitos limitados de forma injusta»
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, lembrou que Díez, «tal como tantos outros militantes da esquerda abertzale, foi encarcerado por uma decisão política», e que a sua libertação se verificou «com os seus direitos limitados de forma injusta».
«Não parece que as condições em que saiu, com os seus direitos civis e políticos restringidos, sejam condições que nos possam deixar dizer que está em Euskal Herria em liberdade», afirmou em Iruñea.
Etxaide denunciou «o objectivo político de limitar a contribuição de militantes como Rafa Díez, com tudo aquilo que sabem e podem fazer para resolver os problemas que este país tem».
O ex-secretário-geral do sindicato abertzale foi preso a 13 de Outubro último na sede do LAB de Donostia, em Igara, juntamente com Arnaldo Otegi, Rufi Etxeberria, Sonia Jacinto e Arkaitz Rodríguez, numa operação ordenada pelo juiz Baltasar Garzón na qual também detidos Txelui Moreno, Amaia Esnal, Miren Zabaleta, Mañel Serra e Ainara Oiz.
Três dias depois o juiz Garzón deu ordem de prisão a Díez, Otegi, Zabaleta, Jacinto e Rodríguez, por tomarem iniciativas políticas ou sindicais a favor da solução para o conflito e da união de forças soberanistas.
Fonte: Gara
Na direcção oposta, apoio à Declaração de Bruxelas
Na sequência da iniciativa da esquerda abertzale: «50 novas assinaturas reflectem o apoio social à Declaração de Bruxelas», de Janire ARRONDO
"Pessoas conhecidas em diversas áreas, entre as quais jornalistas, escultores, juízes, escritores e empresários, manifestaram a sua adesão à Declaração de Bruxelas, subscrita por 20 líderes internacionais. A iniciativa partiu da Lokarri. Aitziber Blanco, membro do colectivo, salientou na apresentação que estes signatários desejam «que se concretize a oportunidade criada para alcançar a paz» e que «não querem ver frustrada uma nova oportunidade»."