
Não obstante, ao ouvir no domingo o discurso de Iñigo Urkullu, no Alderdi Eguna do PNV, ou os comentários de Patxi López, de Xangai, sobre a entrevista à ETA que este diário publicou anteontem, parece que estão a ficar com o relógio da iniciativa política parado, se não é que estão instalados numa máquina do tempo que viaja para o passado. Os slogans fáceis têm data de validade, especialmente quando só procuram desacreditar a outra parte sem trazer nada à sociedade no seu todo; quando tentam colocar uma gigantesca venda aos cidadãos para que não vejam a realidade tal como é, um complexo cenário de relações em perpétuo movimento.
É inquestionável que os posicionamentos do PNV e os do PSOE influem bastante no desenrolar da política basca, para o bem e para o mal, e que sem a sua participação não se poderá alcançar um quadro democrático completo, mas também é evidente que, nos últimos tempos, este país no seu conjunto caminha a um ritmo mais veloz que o que pretendem impor as direcções desses dois partidos, aplaudidos, saliente-se, pelo PP, embora seja com algum ou outro receio, cada vez que repetem a mensagem já suficientemente batida do «não vemos nada de novo». Quando a maioria da sociedade basca se está a aperceber com total nitidez das mudanças que nos aproximam de um cenário de paz e soluções democráticas, vangloriar-se de semelhante cegueira política pode tornar-se contraproducente.
Fonte: Gara
De Urkullu/PNV:
«A iniciativa que Urkullu disse que o PNV tinha elaborado foi apresentada há seis meses»
De López/Lehendakaritza:
De PSOE/Gobierno:
Reunião em EH:
«O EA entrega em mão ao PSE o Acordo de Gernika», de Iñaki IRIONDO