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Questionados sobre uma hipotética data para a suspensão das acções armadas, os entrevistados respondem perguntando se há alguém que queira que tal data exista. «Nós, não», acrescentam, antes de sublinharem que «a ETA quer avançar no caminho da resolução, cada vez com maior profundidade, até que em Euskal Herria nasça uma verdadeira situação democrática».
A entrevista, como é lógico, foi realizada antes da apresentação em Gernika do texto subscrito por diferentes forças sobre os mínimos democráticos a alcançar no processo de solução. Ainda assim, a ETA fala do «cenário básico para que o processo seja viável», no qual, em seu entender, devem estar presentes estes dois elementos: «Que sejam tomadas as medidas necessárias para que todos os agentes possam agir em igualdade de condições, que sejam estabelecidos os direitos civis e políticos, que sejam desactivadas as punições acrescidas impostas aos presos políticos bascos e que, de uma forma geral, seja desactivada toda a situação de pressão, ingerência e violência».
A ETA entende também que o processo deve desenrolar-se através do diálogo e da negociação, ao mesmo tempo que assinala quem são os protagonistas e manifesta a sua vocação para não o dirigir: «Há que activar e articular o processo de diálogo. Devem ser traçados os objectivos do diálogo, o método, a constituição da mesa de diálogo, as regras do jogo e a temática. Como se faz? Isso diz respeito aos agentes políticos e sociais vascos».
Fonte: Gara
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ADENDA (26/09/2010): Entrevista à ETA publicada no diário Gara (cas)