segunda-feira, 20 de setembro de 2010

I Congresso de Historiadores de Nafarroa. «Já perdemos em 1512. De nenhuma forma vamos perder em 2012»


O Primeiro Congresso de Historiadores de Nafarroa terminou no domingo com um olhar para o futuro. O encontro juntou dez especialistas sobre a conquista do reino pelas tropas espanholas 500 anos depois de o duque de Alba ter quebrado as fronteiras navarras. Os ponentes deitaram por terra a tese do «pacto entre iguais» e defenderam a importância de despertar a memória para que Nafarroa não sofra uma nova derrota, a do esquecimento.

Viana foi neste fim-de-semana o palco de um congresso de historiadores centrado na perda da independência, na sequência da invasão de 1512. O encontro, que é o primeiro com estas características que se faz em Nafarroa, tinha como horizonte agitar as consciências e despertar a memória dos navarros com vista ao quinto centenário. O desafio residia em consegui-lo de uma forma académica, científica. Por isso, contou com castilhólogos, arquivistas, numismáticos, especialistas nas dinastias navarras e especialistas nos enredos das cortes de Castela, França e Estados Pontifícios.

Joseba Asiron, responsável pelo evento organizado pela Nabarralde, afirmou nas conclusões que «já perdemos em 1512. De nenhuma forma perderemos em 2012». Deste modo, Asiron fez um apelo à desmontagem da «manipulação constante» a que se vê submetido o desaparecimento do Estado de Nafarroa por intermédio de «uma historiografia parcial e interessada». Asiron mostrou-se satisfeito com o desenrolar da iniciativa e com o óptimo acolhimento que o congresso teve, que superou as expectativas de assistência.

Aritz INTXUSTA
VER: Gara