quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Marcha até Saint Martin de Ré para exigir a liberdade dos presos políticos


Em solidariedade com os presos políticos bascos que estão a participar numa dinâmica de luta contra a política penitenciária, no fim-de-semana passado meia centena de pessoas deslocaram-se de Debagoiena (comarca de Gipuzkoa) até à prisão francesa de Saint Martin de Ré. No exterior do centro de reclusão, perto dos muros, houve bertsolaris, concertos de música, com txalaparta e trikitixa, e bandeirolas lançadas para o ar.
Também distribuíram folhetos informativos sobre a situação dos presos bascos aos habitantes da localidade. Tanto os familiares como os amigos puderam verificar como os reclusos «sentiram com emoção» o apoio recebido da parte de fora.
Por outro lado, o Movimento pró-Amnistia informou que as presas bascas da prisão de Alcalá iniciaram uma greve de fome para exigir que os seus direitos básicos sejam respeitados. Avisam que no bloco das mulheres, ultimamente, as presas têm vindo a ser isoladas, uma a uma.

Repressão em Nafarroa
A Polícia espanhola e a Polícia Foral procuraram colocar entraves a várias concentrações que se realizaram em Iruñerria em defesa dos presos bascos na semana passada. Em Atarrabia, por exemplo, tanto a Polícia espanhola como a Foral apareceram no local onde decorria uma concentração, tendo identificado 35 pessoas. Retiraram ainda do local uma faixa onde se lia «Inkomunikazioa = tortura». Em Burlata e na Txantrea a Polícia espanhola identificou todas as pessoas que participavam no protesto. Na Txantrea levaram os suportes com nomes de presos e ameaçaram enviar um relatório à Audiência Nacional; passou-se o mesmo no bairro de Donibane. Em Iruñea, foi a Polícia Foral a aparecer na concentração de sexta-feira e também apreendeu as palas.
Na segunda-feira juntaram-se 93 pessoas em Ondarroa, 43 em Laudio, 19 em Ordizia, 30 no bairro bilbaíno de Rekalde e 18 no de Otxarkoaga, 38 em Trintxerpe, 45 em Iurreta, 95 em Santurtzi, 30 em Ataun, 30 em Zaldibia, 11 em Euba, 11 em Añorga e 23 em Altza.
Fonte: Gara
Foto de baixo: apurtu.org

Bilbo recordou Tomas e Pantu
Os grupos criminosos paramilitares espanhóis assassinaram os bilbaínos Tomas Perez Revilla e Pantu há já alguns anos, mas isso não impede que os habitantes de Bilbau continuem a lembrar-se deles, como aconteceu agora num acto simples e emotivo, no qual estiveram presentes várias pessoas. (Ver mais fotos - de Kalekobegiak Argazkiak - clicando na ligação indicada em baixo.)

Tanto o GAL como o Batallón Vasco Español se responsabilizaram na altura por ambos os assassinatos, no âmbito de uma estratégia de eliminação física dos refugiados políticos bascos. Euskal Herria, neste caso Bilbo, não esquece.
Fonte: boltxe.info