Num manifesto lido numa conferência de imprensa, que decorreu ontem em Iruñea, por José Iriarte, pai da detida Rosa Iriarte, e por Josu Esparza, do Movimento pró-Amnistia, os familiares dos jovens destacam a gravidade desta operação, pois, enquanto por um lado «se defende e se reivindica um processo democrático a desenvolver por vias civis, políticas e democráticas», por outro, o Estado espanhol «voltou a demonstrar que a sua aposta é a da via policial, a via das limitações de direitos».Os familiares salientaram assim que os três navarros detidos «são pessoas independentistas, activas e trabalhadoras em diferentes âmbitos nas suas terras e bairros, que trabalham para mudar esta sociedade». Assim, afirmam que Eneko Compains «é conhecido pelo seu trabalho no Foro de Debate Nacional», Rosa Iriarte trabalha «a favor dos direitos das mulheres» e Jose Aldasoro dedica-se à promoção do euskara. Por isso, denunciam uma «versão oficial [que] afirma que, fruto da eficácia policial, foram detidos perigosos terroristas».
Os familiares lembram que, desde Novembro de 2007, foram detidas em Nafarroa 45 pessoas «sob a acusação genérica de ser da Segi, do Ekin, do Batasuna ou das Gestoras-Astakasuna e de participar na kale borroka».
Dessas 45 pessoas, «27 denunciaram ter sido alvo da prática da tortura», e três destas «tiveram de passar pelo hospital», motivo pelo qual exigem ao Governo espanhol que derrogue a lei que possibilita o regime incomunicação, tal como lho exige o último relatório da ONU» e que «derrogue as leis que permitem a ilegalização de organizações sociais e políticas».
A manifestação deste sábado, que partirá às 17h30 da Praça del Castillo, conta já com a adesão de partidos como o Aralar, o EA e a esquerda abertzale, sindicatos como o LAB, CGT, ESK e STEE-EILAS, e outras organizações sociais, colectivos feministas e entidades de solidariedade internacional.
Fonte: Gara
Prozesu demokratiko baten alde, errepresiorik ez!
Por um processo democrático, não à repressão!
Reportagem (eus / cas): apurtu.org




