Na próxima segunda-feira mais nove jovens independentistas serão julgados na Audiência Nacional espanhola acusados de pertencer à Segi. Depois dos julgamento dos jovens de Lea-Artibai e de Donostia, agora são os navarros que estão no alvo do tribunal especial.
Nos dias 4 e 5 de Outubro, nove jovens independentistas de Iruñerria vão sentar-se no banco dos réus da Audiência Nacional espanhola, acusados de «pertencer à Segi». Vizinhos dos jovens deram uma conferência de imprensa no sábado para denunciar o julgamento iminente e manifestar a sua solidariedade para com os afectados, tendo ainda convocado uma manifestação que irá percorrer Burlata no próximo sábado a partir das 12h00.
Entre os imputados encontram-se jovens que foram detidos nas operações policiais levadas a cabo em 2008 - Iñaki Marin e Iker Araguas, ainda na prisão, e Diego Octavio Martikorena -, bem como outros que foram depois imputados com base nos depoimentos arrancados na esquadra - Joseba Fernández, Artzai Santesteban, Xabier Arina, Ibai Moreno e Imanol Salinas.
Na conferência de imprensa que decorreu em Burlata, de onde são três deles, denunciaram «a onda de detenções» que se abateu sobre a juventude navarra, e a basca em geral, nos últimos anos. «Detenções de pessoas conhecidas pela sua actividade política e social nas suas terras ou bairros», disseram.
Lembre-se que, entre Agosto e Novembro de 2008, mais de uma vintena de jovens foram presos em Iruñerria (Comarca de Pamplona) sob a acusação genérica de pertencerem à Segi e sem que fosse apresentada nenhuma outra acusação específica.
Tal como alertaram na conferência, a maioria das pessoas detidas ficou incomunicável, tendo denunciado posteriormente ter sido submetida a tortura, o que, segundo afirmaram, os levou a realizar depoimentos auto-incriminatórios e a incriminar terceiros. Estes depoimentos policiais traduziram-se na denominada «lista negra», na qual aparecem as restantes pessoas acusadas no processo.
Os vizinhos destes jovens, bem como o Movimento pró-Amnistia, afirmam que a preocupação é «máxima», já que prevêem que sejam utilizados os depoimentos «obtidos sob tortura» como prova contra os arguidos.
Consideram «imprescindível» dar resposta às violações de direitos e para tal convocaram a manifestação de sábado, que partirá da Praça da Askas, bem como concentrações para os dias 4 e 5, coincidindo com a realização do julgamento; na segunda-feira o encontro será às 19h30 em Burlata, e na terça, às 20h00, em Iturrama.
Fonte: Gara / Ver também apurtu.org
Epaiketarik ez! Utzi bakean euskal gazteria!
Não ao julgamento! Deixem a juventude basca em paz!
Fonte: apurtu.org