Está a decorrer o julgamento de nove navarros na Audiência Nacional espanhola acusados de militar em organizações políticas como a Segi e o Ekin. Na sessão de ontem, afirmaram ter sido submetidos a torturas enquanto permaneceram incomunicáveis nas instalações policiais.
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Alberto López (Barañain), Aritz Azkona (Iturrama, Iruñea), Mikel Jiménez (Barañain), Luis Goñi (Barañain), Xabier Sagardoi (Barañain), Maider Caminos (Zizur), Maitane Intxaurraga (Arbizu), Noe López (Barañain) e Amaia Legarra (Basaburua), acusados pelo magistrado do MP do crime de «integração em organização terrorista», afirmaram ter sido vítimas de torturas durante o período em que permaneceram incomunicáveis nas instalações policiais.
Os nove arguidos foram detidos em Agosto de 2008 e disseram ter sido submetidos a maus tratos, torturas, coacções e ameaças com o objectivo de que se incriminassem ou denunciassem outras pessoas. Os seis primeiros estão encarcerados desde então.
Nos seus depoimentos na Audiência Nacional espanhola, os imputados negaram ter feito parte da Segi e do Ekin, bem como a participação nas acções de kale borroka de que são acusados.
Afirmaram ainda que o material apreendido durante as buscas efectuadas nas suas casas após as suas detenções era de acesso público.
Mobilizações
As mobilizações prosseguem enquanto decorrer o julgamento. Assim, para ontem foram convocadas concentrações em Barañain (19h00, Avenida Central) e em Iruñea (20h15, frente à sede do PSN). Para hoje estão previstos cordões humanos em Barañain (19h00) e Iturrama (20h30), e na sexta-feira haverá uma manifestação em Zizur (19h00, a partir das piscinas) e uma concentração em Barañain (20h00, rotunda da avenida de Iruñea).
Fonte: Gara / Ver também: ateakireki.com
Cartazes em Larrabetzu
Por outro lado, a Egin Dezagun Bidea de Larrabetzu (Bizkaia) veio a público afirmar que no sábado passado a Ertzaintza andou a retirar fotos de presos políticos e cartazes que reclamavam a amnistia. «Não conseguirão apagar o amor que há no coração deste povo pelos presos políticos, nem silenciar a defesa dos seus direitos sociais e políticos», refere. / Fonte: Gara