«Tal como reivindicámos há um ano, a nossa luta e os nossos valores não estão em crise, e, convictas de que são mais necessários que nunca, este ano também queremos fazer um apelo às mulheres para que venham para as ruas» no 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, afirmaram representantes da Euskal Herriko Bilgune Feminista numa conferência de imprensa que ontem decorreu em Donostia.
Este colectivo, que este ano cumpre dez anos, reafirmou, em euskara e castelhano, a necessidade de reivindicar o reconhecimento político do movimento feminista. «As chaves da mudança para uma sociedade mais justa serão o resultado da luta pela melhoria das condições de vida das mulheres, da luta pelos direitos das mulheres», afirmaram.
Disseram ainda que, no actual contexto de crise, «nos vendem o discurso de que o trabalho doméstico, a educação dos filhos e os trabalhos relacionados com os seus cuidados são nossos por natureza». Assim, disseram que, com «a desculpa» da crise, estão a procurar «levá-las de volta e à força para o domínio privado. Mas para nós - avisaram - é bem claro; a nossa luta não está em crise».
Afirmaram ainda que, no actual panorama político, «as mulheres têm de reforçar as suas redes e cada qual na sua área, mas também de forma colectiva, deve ser agente desta mudança», ao mesmo tempo que proclamaram que «a mudança há-de ser necessariamente feminista».
Por isso, pediram às mulheres que criem pontes com as feministas de outros países e que promovam um diálogo e uma participação social com vista «a alcançar um futuro assente em bases democráticas no nosso país». / Fonte: Gara
Entretanto, decorreram em Leitza (Nafarroa), nos dias 2, 3 e 4, os V Encontros Feministas de Mulheres Abertzales (Emakume Abertzaleon V. Topaketa Feministak), que contaram com a participação de cerca de 600 mulheres.O balanço feito pela entidade organizadora - a Euskal Herriko Bilgune Feminista -, que anunciou também a sua adesão à greve geral convocada para dia 29 de Março, foi bastante positivo. (Notícia completa: boltxe.info)
Leituras:
«Llamamos a movilizarse el 8 de marzo», de Ezker Abertzalea (ezkerabertzalea.info)
Con motivo del Día Internacional de la Mujer, desde la Izquierda Abertzale, EA, Alternatiba y Aralar reivindicamos que es un día de celebración en las conquistas logradas y de lucha ante las muchas discriminaciones que aún debemos de superar.
«En homenaje y agradecimiento, a todas las mujeres, por el hecho de ser mujer», de Andoni PAGUA (lahaine.org)
En estos momentos en los que tod@s vemos peligrar nuestro derechos sociales y laborales,la mujer está siendo especialmente agredida
