sábado, 17 de março de 2012

A Etxerat leva a exigência de uma outra política prisional ao Parlamento de Iruñea pela primeira vez

A associação de familiares e amigos dos presos, Etxerat, compareceu ontem pela primeira vez na Comissão do Regime Foral do Parlamento de Iruñea, para dar conta do que na prática representam as medidas de excepção que hoje em dia são aplicadas aos presos políticos bascos e para exigir uma política prisional diferente.

Em nome da Etxerat, participaram na sessão Hilargi Jaunarena (familiar de Iñaki Iribarren), Miren Jone Ernaga (Joxepa Ernaga), Jone Lazkoz (Jesús Mari Mendinueta), Jon Garai (Rosa Iriarte e porta-voz do Herrira) e Gloria Rekarte (porta-voz da Etxerat).

Durante a sessão de trabalho, da qual estiveram ausentes UPN e PP, os representantes da Etxerat transmitiram aos deputados de PSN, NaBai, Bildu e I-E que a política de dispersão implica uma «sangria económica».
«Eu não posso ter uma vida normal; de quinze em quinze dias tenho de fazer 2000 km; o meu ordenado vai para isso», disse Hilargi Jaunarena, cujo companheiro se encontra numa prisão de Paris.

Dispersão
Assim, afirmaram que apenas um dos 97 presos políticos navarros está em Iruñea e que, dos 93 que se encontram dispersos, 31 estão a mais de 900 quilómetros de distância.

Gloria Rekarte disse que a dispersão é «uma política de excepção que começou com o afastamento dos presos e à qual se foram juntando outras medidas de excepção tendentes a transformar o cumprimento da pena numa pena perpétua de facto nas mais duras condições».

Rekarte disse que «a estrada é uma roleta russa onde deixámos 16 vidas, duas delas navarras». «Andamos em contra-relógio e sem descanso do trabalho para a estrada e da estrada para o trabalho», afirmou.

Gloria Rekarte disse também que «está na altura de se desactivar esta política penitenciária; não estamos a falar da concessão de benefícios ou medidas de graça a estes presos, estamos a solicitar a restituição de todos os seus direitos, a desactivação destas medidas de excepção». / Crónica completa: Gara

Nahaia Aguado regressa a Euskal Herria, depois de passar 28 meses na prisão
A presa política Nahaia Aguado saiu ontem da prisão de Zuera e esperava-se que regressasse também ontem a Sestao (Bizkaia), depois de ter passado 28 meses encarcerada em meia dezena de prisões espanholas - Fontcalent, Soto del Real, Estremera, Zuera e Brieva.
Num comunicado, a esquerda abertzale de Sestao recordou que Nahaia Aguado foi detida juntamente com Idoia Iragorri e Mikel Totorika no dia 24 de Novembro de 2009, numa operação contra a juventude independentista decretada pelo juiz da AN espanhola Fernando Grande-Marlaska. Esteve incomunicável durante quatro dias, durante os quais, afirmou, foi submetida a torturas e maus tratos brutais. / Fonte: Gara

Os presos Igarki Robles e Intza Oxandabaratz, livres nas próximas horas
O preso político Igarki Robles (Gasteiz) deve ser libertado nas próximas horas, depois de pagar 30 000 euros de fiança, segundo fez saber a Etxerat. Foi detido em Outubro de 2010, juntamente com outros treze jovens, e encontrava-se na prisão de Múrcia II (Espanha).
A presa política basca Intza Oxandabaratz, detida com Julen Mujika em Donibane Garazi em Dezembro último, vai também ser libertada provisoriamente nas próximas horas. Acusam-na de ligação a um esconderijo da ETA encontrado em Agosto de 2009 na localidade de Minerve, no Departamento de Herault. Oxandabaratz está grávida e a criança deve nascer em Abril. / Fonte: Berria

Ver também: «A AI denuncia "abusos policiais" e pede a Madrid que aproveite o novo tempo» (Gara)