O movimento Eleak convocou hoje, numa conferência de imprensa que decorreu na Praça do Arriaga, em Bilbo, uma manifestação para o dia 5 de Maio em resposta ao julgamento de treze dos promotores da D3M e do Askatasuna. Num acto bastante participado e no qual estiveram presentes vários arguidos, como Arantza Urkaregi, Zuriñe Zorrozua e Amparo Lasheras, bem como destacados membros da esquerda abertzale, o Eleak pediu aos cidadãos que expressem o seu repúdio pela «nova agressão de dimensão nacional» que constitui o julgamento que se inicia a 30 de Abril na AN espanhola.
Bolinaga fez questão de salientar, no entanto, que essas pessoas «vão ser realmente julgadas por promoverem um espaço independentista com uma perspectiva de esquerda, por defenderem um projecto cujo objectivo era cobrir o vazio político e institucional criado pelas ilegalizações; vão ser julgadas por exercerem os seus direitos».
A manifestação, que terá como lema «Epaiketa Politikorik ez! Eskubide guztiak proiektu guztientzat!» [Julgamentos políticos não! Todos os direitos para todos projectos!], partirá às 17h30 de La Casilla e irá denunciar «a violação dos direitos fundamentais».
«Iniciativas populares»
Na conferência de imprensa também estiveram presentes representantes de «iniciativas populares que fizeram frente ao ataque aos direitos civis e políticos», como é o caso da plataforma «Ekaitz etxean» e dos habitantes de Aiaraldea (Araba) julgados na Audiência Nacional espanhola por protestarem contra as ilegalizações.
O julgamento dos promotores da D3M - Demokrazia 3 Milioi - e do Askatasuna terá início a 30 de Abril, prevendo-se que venha a decorrer nos dias 3, 4, 7, 8, 9, 17 e 18 de Maio. Por terem participado nas candidaturas eleitorais referidas, ilegalizadas nas vésperas das eleições autonómicas de 2009, os arguidos - Eli Zubiaga, Iker Rodrigo, Imanol Nieto, Amparo Lasheras, Agurtzane Solaberrieta, Hodei Egaña, Unai Berrostegieta, Fernando Antia, Aitor Liguerzana, Zuriñe Zorrozua, Arantza Urkaregi, José Antonio Munduate e Xabier Isasa (os quatro últimos, bilbaínos) - podem apanhar entre sete e nove anos de prisão.