quarta-feira, 21 de março de 2012

Pedem 72 anos de prisão e 108 000 euros de multa por um piquete informativo durante a última greve

Representantes dos sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS, ESK, EHNE e Hiru deram uma conferência de imprensa ontem de manhã para dar a conhecer a pena solicitada pelo MP contra um piquete informativo identificado pela Ertzaintza durante a greve contra as pensões de 27 de Janeiro de 2011.

Na conferência de imprensa conjunta na sede do LAB em Bilbo, os porta-vozes sindicais Ainhoa Iturbe (EHNE), Patxi Aguirrezabala (ELA) e Jabi Garnika (LAB) consideraram que «não é por acaso» que a pena solicitada pelo MP surja uma semana antes da greve geral prevista para 29 de Março, tendo referido que se «pretende criar um clima de medo» perante esta mobilização.

De acordo com Iturbe - uma das imputadas -, a Polícia autonómica reteve as 18 pessoas que participavam no acto «durante duas horas, impedindo-as assim de realizar o trabalho informativo sobre a acção reivindicativa».

Posteriormente, os imputados depuseram na presença de um juiz e «um ano volvido, nas vésperas de uma greve geral, ficamos a saber qual o pedido feito pelo Ministério Público», que solicitou uma pena de prisão de três anos e nove meses para cada um dos arguidos, além de uma multa de 5400 euros por pessoa e uma «inabilitação especial» durante o mesmo tempo para todos os acusados. O que dá 72 anos de prisão e 108 000 euros de multa.

Por seu lado, o representante do LAB Jabi Garnika referiu-se ao «ataque» que o mundo sindical tem vindo a sofrer desde 2008, após o início da crise. Em seu entender, «o capital e as instituições estão a aumentar a pressão, como se já não bastasse a aniquilação dos nossos direitos laborais e sociais».

O sindicalista do LAB disse ainda que estas decisões «procuram isolar socialmente os colectivos que não defendem o modelo social e económico que nos querem impor», e deu como exemplo desta situação os actuais conflitos no Metro Bilbao, na Euskotren e no Bilbobus.
«Está-se a deturpar totalmente a mobilização para esconder os motivos reais das reivindicações que lhe são subjacentes, dando-se realce, em simultâneo, às consequências que as mobilizações dos trabalhadores têm», acrescentaram.

Nesta mesma linha, o representante do ELA Patxi Aguirrezabala referiu que estamos a assistir a «um processo de criminalização permanente da vida sindical, para deixar os direitos dos trabalhadores nas ruas da amargura». / Notícia completa: Gara

Leituras:
«Organicémonos para el 29 de Marzo» (boltxe.info)
Pero no olvidemos objetivos «secundarios» como es debilitar las interrelaciones interpersonales, de tal manera que las personas pasemos a ser números, sin poder de decisión. Objetivo principal: maximizar la plusvalía que extraen de cada trabajador, de tal manera que volvamos a las condiciones laborales de la Inglaterra de finales del siglo XIX, en las que las personas que no producían no eran útiles para el sistema.

«La Memoria»: «Porque tenemos memoria... El 29 huelga general» (Info7 Irratia)
como expresión práctica de esa adhesión acercará a sus oyentes dos entrevistas con dos militantes obreros de amplia trayectoria: con Marian Verde, trabajadora que fue de Firestone en su planta de Basauri (Bizkaia) y sindicalista desde el año 65 hasta su jubilación, y con Manuel Tejerina, trabajador de Forjas de Reinosa (Cantabria) (ahaztuak1936-1977)

«¡Elige tu excusa para no hacer huelga!», de Iñaki ETAIO (boltxe.info)
Si el 29 de marzo no vas a hacer huelga y sientes cierta incomodidad cuando alguien te pregunte si la vas a secundar, no te preocupes. No hace falta que pienses qué vas a responder. A continuación tienes un listado de excusas. Elige la que más vaya con tu estilo y tranquiliza tu conciencia:

«El mundo contra Juanito Tiragomas», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Desafortunado hacer mención de la huelga general. La huelga general en sí misma y sin ningún añadido es violencia obrera coercitiva que produce daños simbólicos y materiales por el mero hecho de abandonar el puesto de trabajo. Es una violencia legalizada fruto de la lucha de la clase trabajadora de la misma manera que el estado tiene legalizadas numerosas formas de violencia en su beneficio fruto de su poder. Reducir la violencia a los baremos del capital es no entender el significado de violencia y eso es una de las bases de la ética burguesa.