A igreja de São Francisco de Assis, a mesma em que há 37 anos cinco trabalhadores foram mortos a tiro pela Polícia Armada espanhola, tornou-se um espaço aberto para todos os agentes sociais e sindicais de Gasteiz, um local de encontro, ocupado durante uns tempos pelo movimento juvenil da capital alavesa, no qual se pode debater a situação económica actual, marcada pela crise do mercado livre, e avançar com alternativas.
Jagoba Apaolaza, membro do movimento juvenil, disse ontem ao Gara que as assembleias, que irão continuar até os participantes decidirem abandonar a igreja - o pároco aceita que ali estejam esta semana -, têm como objectivo debater a necessidade de promover uma mudança que ponha fim ao capitalismo, dar uma resposta aos cortes orçamentais impostos pelos governos de Madrid e Gasteiz e abordar os problemas associados à crise, como são o desemprego juvenil ou a precariedade laboral.
Com estes encontros, o movimento juvenil da cidade, formado por pessoas de diversas ideologias, pretende unir os agentes sociais na criação de um novo quadro de relações. Esta união foi patente nas últimas assembleias, nas quais participaram mais de 300 pessoas.
Às pessoas que estiveram na igreja de Zaramaga a título pessoal, há que juntar os movimentos populares da cidade. Entre outros colectivos, ontem estiveram na igreja representantes do LAB, STEE-EILAS, Bilgune Feminista e Zazpigarren Alaba.
Por seu lado, o EH Bildu emitiu uma nota em que expressou o seu apoio aos jovens de Gasteiz. «Na situação de crise sistemática em que vivemos queremos dar todo o nosso apoio a esta iniciativa, desencadeada pela juventude a 3 de Março para incidir na mudança social e política», sublinham. / Jon SALGADO / Ver: Gara
Informazio gehiago / Mais informação: gazteiraultza.info