Ontem, dia em que se andava a anunciar aos quatros ventos o fim dos acordos colectivos, realizaram-se várias mesas de negociação na sede do CRL, na capital alavesa. Uma delas dizia respeito ao acordo colectivo do sector metalúrgico, cuja patronato se fazia representar pela SEA, uma organização que tem deixado bem clara a sua vontade de se aproveitar de todas as oportunidades que a reforma laboral lhes proporcionar para acabar com a negociação colectiva e com direitos dos trabalhadores. Assim, o LAB de Gasteiz decidiu levar a efeito uma acção de protesto às portas do Conselho de Relações Laborais.
Muito antes do início da acção reivindicativa, o edifício estava rodeado por um forte dispositivo policial, o que gerou alguns momentos de tensão. Poucos minutos depois de os delegados se acorrentarem à entrada da referida sede, a Ertzaintza cortou as correntes e identificou as três pessoas envolvidas na acção, que ficaram retidas até às 10h30.
O LAB afirma que o seu objectivo é defender a negociação colectiva, um instrumento que tem sido agredido pelas reformas impostas no Estado espanhol, na medida em que o patronato passou a ter a possibilidade de não aplicar, de forma unilateral, os acordos (de empresa ou sectoriais). O LAB defende os acordos colectivos, único instrumento de regulamentação das condições laborais, contra a imposição.
Depois de 7 de Julho [dia em que termina o actual quadro de negociação colectiva, por cuja chegada o patronato basco tanto anseia, para implementar as reformas laborais de Espanha], o LAB irá continuar trabalhar para chegar a acordos em todas as áreas. / Fonte: LAB Sindikatua
