O txupinazo de San Fermin de 2013 ficará para sempre gravado na memória, pois, pela primeira vez, começou com atraso. A razão para este atraso de vinte minutos foi a presença de uma grande ikurriña, pendurada num fio esticado a partir de telhados próximos da Câmara Municipal e que atravessava a Udaletxe plaza, mesmo à frente da fachada da sede do Município.
A acção foi levada a cabo por desconhecidos com txapela [boina, chapéu] na cabeça e barbas postiças, como se pôde ver nas imagens televisivas.
No txupinazo, não faltou o símbolo nacional basco nem a solidariedade com os presos políticos [AteakIreki]
Depois de agentes municipais terem conseguido retirar a ikurriña gigante, o vereador do PSN Eduardo Vall pronunciou as palavras «Pamploneses, pamplonesas, iruindarrak, gente forastera, desde el respeto institucional, viva San Fermín, gora San Fermin», e, acompanhado por Ana Irene Rodeles, em representação da Organización Nacional de Ciegos Españoles (ONCE), que este ano celebra o 75.º aniversário do seu nascimento, pegou fogo à mecha do foguete, gritando «San Fermín, San Fermín».
A Junta de Porta-vozes do Município de Iruñea [Pamplona] convocou uma reunião extraordinária para abordar o que se passou e o juiz de guarda abriu um processo por crime contra a ordem pública.
A decisão tomada pela Câmara governada pela UPN ocorre na sequência de mais de uma década de perseguição à ikurriña. Este ano, tentou, mais uma vez, impedir a presença da ikurriña na praça, mas sem o conseguir.
Bastonadas, agressões e empurrões [AteakIreki]
Uma muralha policial tentou evitar, também este ano, que as ikurriñas estivessem presentes no txupinazo do San Fermin. Por volta das 11h00, uma kalejira com ikurriñas pequenas e uma de grandes dimensões partiu da Txapitela kalea; contudo, viria a deparar com a barreira policial, que lhes impedia o acesso à praça.
Inicialmente, a Polícia municipal e a foral deixaram que cerca de vinte pessoas com ikurriñas pequenas passassem. Mas o ambiente foi aquecendo, à medida que os agentes iam proibindo a passagem de mais pessoas, as empurravam e lhes davam bastonadas. O porta-voz da esquerda abertzale Txelui Moreno fartou-se de levar [partiram-lhe a cabeça] enquanto tentava conversar com os municipais.