O descrédito da monarquia e a derrota do bipartidarismo, juntamente com a situação económica e a agitação social, são os ingredientes de um cocktail que levou os estamentos do Estado a desenhar uma «operação de substituição» para escorar esta instituição «rançosa e antidemocrática». É esta a opinião das organizações políticas, sindicais e sociais que conseguiram chegar a um consenso e convocar uma manifestação unitária para dizer não à monarquia espanhola e sim ao direito a decidir.
No texto acordado, faz-se referência ao facto de cerca de 75 por cento da sociedade nunca ter sido consultada sobre a constituição monárquica espanhola; denuncia-se o apoio das grandes empresas e da Igreja àquele que foi designado como sucessor de Juan Carlos, e a forma como os partidos espanhóis que sustentam o bipartidarismo se mostraram dispostos a colaborar com esta operação política após a derrota que sofreram nas eleições para o Parlamento Europeu.
Até ao momento, a manifestação foi apoiada pelas forças partidárias EH Bildu, IU, Batzarre, PCE-EPK, Geroa Bai, Podemos, Izquierda Anticapitalista e Junta Republicana de Izquierdas; pelos sindicatos LAB, ELA, STEE-EILAS, ESK, Solidari e CGT; por colectivos como Ernai, Eraldatu, Gazte Komunistak, Ikasle Abertzaleak, Marchas de la Dignidad Nafarroa, Colectivo de Personas Precarias y en Paro, Movimiento Democrático de Mujeres e Mujeres Progresistas. As Juventudes Socialistas do PSN e o seu sector crítico também aderiram à manifestação, e as CCOO participarão nela. / Ver: ahotsa.info
Outra leitura:
«Ni monarquia ni impunidad y por el derecho a decidir», de Ahaztuak 1936-1977 (boltxe.info)
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