Saiu da prisão de Martutene Arnaldo Otegi, um dirigente político da esquerda basca dos últimos tempos, depois de cumprir 15 meses de prisão impostos pela legislação espanhola.
Os juízes tinham-no condenado por participar numa homenagem a um dirigente abertzale já falecido, que fez parte da resistência nos tempos da ditadura franquista. Neste sentido, para materializar a condenação, os magistrados basearam-se no que está estabelecido na lei antiterrorista de 2000.
É importante recordar que, para a aprovação da citada lei, se contou com os votos necessários dos deputados do Partido Popular (PP) e do Partido Socialista Obrero Español (PSOE), os quais materializaram uma aliança política para delinear uma estratégia política, em benefício do desenvolvimento do nacionalismo constitucional espanhol.
Hoje, podemos concluir que a vigência dessa ferramenta jurídica, cujo fim era castigar as actividades terroristas no Estado espanhol, na prática se converteu num decálogo filosófico que a Justiça espanhola aplica com o máximo rigor, com o único propósito de levar ante os tribunais do Estado as cidadãs e os cidadãos bascos que façam parte de alguma instituição, periódico, colectivo político, cultural ou social que trabalhe para manter bem alto as singulares marcas históricas e culturais da nação basca.
A libertação de Arnaldo Otegi é auspiciosa não só para quem milita na esquerda basca ilegalizada, mas também para todas aquelas cidadãs e todos aqueles cidadãos bascos que possuem uma consciência nacional e patriótica, e que ainda mantêm a esperança de que se possa resolver o conflito político basco por meio do diálogo, da negociação, num cenário de paz e democracia, cujo fim seja garantir que o povo basco possa exercer o seu direito a decidir o seu futuro. Senhor Arnaldo Otegi, se as suas ideias coincidem com as linhas de acção antes referidas, ongi etorri [bem-vindo].
César ARRONDO
Universidade Nacional de La Plata, Argentina
Os juízes tinham-no condenado por participar numa homenagem a um dirigente abertzale já falecido, que fez parte da resistência nos tempos da ditadura franquista. Neste sentido, para materializar a condenação, os magistrados basearam-se no que está estabelecido na lei antiterrorista de 2000.
É importante recordar que, para a aprovação da citada lei, se contou com os votos necessários dos deputados do Partido Popular (PP) e do Partido Socialista Obrero Español (PSOE), os quais materializaram uma aliança política para delinear uma estratégia política, em benefício do desenvolvimento do nacionalismo constitucional espanhol.
Hoje, podemos concluir que a vigência dessa ferramenta jurídica, cujo fim era castigar as actividades terroristas no Estado espanhol, na prática se converteu num decálogo filosófico que a Justiça espanhola aplica com o máximo rigor, com o único propósito de levar ante os tribunais do Estado as cidadãs e os cidadãos bascos que façam parte de alguma instituição, periódico, colectivo político, cultural ou social que trabalhe para manter bem alto as singulares marcas históricas e culturais da nação basca.
A libertação de Arnaldo Otegi é auspiciosa não só para quem milita na esquerda basca ilegalizada, mas também para todas aquelas cidadãs e todos aqueles cidadãos bascos que possuem uma consciência nacional e patriótica, e que ainda mantêm a esperança de que se possa resolver o conflito político basco por meio do diálogo, da negociação, num cenário de paz e democracia, cujo fim seja garantir que o povo basco possa exercer o seu direito a decidir o seu futuro. Senhor Arnaldo Otegi, se as suas ideias coincidem com as linhas de acção antes referidas, ongi etorri [bem-vindo].
César ARRONDO
Universidade Nacional de La Plata, Argentina